terça-feira, 31 de janeiro de 2012

... a magia da montanha


Hoje à noite no CCB - Rodrigo Leão
Espectáculo ao vivo baseado no último trabalho, Montanha Mágica com fortes incursões noutros êxitos, em particular CINEMA. 
O espectáculo ultrapassou as expectativas e o alinhamento apresentado dos momentos musicais (diferente do disco) permitiu coerência. 
Um primeira parte muito narrativa e muito bela. 
Uma extraordinária violinista (e teclado) Viviena Tupikova.
O retorno de Lula Pena que encantou em Rosa e Passion.
Um jogo de luzes impecável.
Os momentos seguintes mostraram novos caminhos.

Mantendo muito alta a fasquia o que não gostei... 
- uso de imagens projectadas na fase final (distrai sempre o momento musical e eram desnecessárias)
- trazer estrelas que participaram no disco e estavam ausentes, projectando imagem embora bem sincronizada com o ensemble, caso do Scott Mathews (Terrible Down).
Mas uma noite bem passada, e damos 17 em 20.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

... USA óperas "de minimalistas"...

A música operática de Adams e Glass têm-me acompanhado ultimamente. Aqui ficam uns textos/colagens  sobre os dois compositores e uma selecção de quatro óperas imperdíveis.

John Coolidge Adams (born February 15, 1947) is a Pulitzer Prize-winning American composer with strong roots in minimalism. His best-known works include Short Ride in a Fast Machine (1986), On the Transmigration of Souls (2002), a choral piece commemorating the victims of the September 11, 2001 attacks (for which he won the Pulitzer Prize for Music in 2003), and Shaker Loops (1978), a minimalist four-movement work for strings. His well-known operas include Nixon in China (1987), which recounts Richard Nixon's 1972 visit to China, and Doctor Atomic (2005), which covers Robert Oppenheimer, the Manhattan Project, and the building of the first atomic bomb.
Philip Glass (born January 31, 1937) is an American composer. One of the highest profile composers writing "classical" music today, he is often said to be one of the most influential composers of the late 20th century. His music is also often (controversially) described as minimalist.
He has lately distanced himself from the "minimalist" label, describing himself instead as a composer of "music with repetitive structures."[5] Though his early mature music shares much with what is normally called "minimalist", he has since evolved stylistically. Currently, he describes himself as a "Classicist”.
Glass is a prolific composer: he has written works for the musical group which he founded, the Philip Glass Ensemble, as well as operas, musical theatre works, ten symphonies, eleven concertos, solo works, chamber music including string quartets and instrumental sonatas, and film scores. Glass counts many artists among his friends and collaborators, including visual artists, writers, film and theatre directors, and choreographers. Among recent collaborators are Glass's fellow New Yorker Woody Allen, Stephen T. Colbert, and poet and songwriter Leonard Cohen.

Operas from Glass
Akhnaten | Appomattox | The Civil Wars: A Tree Is Best Measured When It Is Down | Einstein on the Beach | Galileo Galilei | Hydrogen Jukebox | The Juniper Tree | Kepler |The Making of the Representative for Planet 8 | Monsters of Grace| The Photographer | Satyagraha | The Sound of a Voice | The Voyage | Waiting for the Barbarians.

SYNOPSIS

Doctor Atomic is an opera by the contemporary American composer John Adams, with libretto by Peter Sellars. It premiered at the San Francisco Opera on 1 October 2005. The work focuses on the great stress and anxiety experienced by those at Los Alamos while the test of the first atomic bomb (the "Trinity" test) was being prepared. In 2007, a documentary was made about the creation of the opera, titled Wonders Are Many.

Nixon in China is an opera in three acts by John Adams, with a libretto by Alice Goodman. Adams' first opera, it was inspired by the 1972 visit to China by US President Richard Nixon. The work premiered at the Houston Grand Opera on October 22, 1987, in a production by Peter Sellars with choreography by Mark Morris. When Sellars approached Adams with the idea for the opera in 1985, Adams was initially reluctant, but eventually decided that the work could be a study in how myths come to be, and accepted the project. Goodman's libretto was the result of considerable research into Nixon's visit, though she disregarded most sources published after 1972.

Satyagraha (English pronunciation: /sʌtˈjɑːɡrəhə/, Sanskrit सत्याग्रह, satyāgraha "insistence on truth") is a 1979 opera in three acts for orchestra, chorus and soloists, composed by Philip Glass, with a libretto by Glass and Constance DeJong.
Loosely based on the life of Mohandas K. Gandhi, it forms the second part of Glass's "Portrait Trilogy" of operas about men who changed the world, which also includes Einstein on the Beach and Akhnaten.
The title refers to Gandhi's concept of non-violent resistance to injustice, Satyagraha, and the text, from the Bhagavad Gita, is sung in the original Sanskrit. In performance, translation is usually provided in supertitles.

Einstein on the Beach is an opera in four acts (framed and connected by five "knee plays" or intermezzos), scored and written by Philip Glass and designed and directed by theatrical producer Robert Wilson. The music was written "in the spring, summer and fall of 1975." The premiere took place on July 25, 1976, at the Avignon Festival in France. The opera contains writings by Christopher Knowles, Samuel M. Johnson and Lucinda Childs. It is Glass's first and longest opera score, taking approximately five hours in full performance without intermission; given the length, the audience is permitted to enter and leave as desired.
The work became the first in Glass' thematically-related Portrait Trilogy, along with Satyagraha (1979), and Akhnaten (1983). These three operas were described by Glass as portraits of men whose personal vision transformed the thinking of their times through the power of ideas rather than by military force.


sábado, 28 de janeiro de 2012

... nudez diáfana!

Foto JM 2010
«Sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia»
Esta a frase, retirada de «A Relíquia» de Eça de Queiroz, inspirou Teixeira Lopes na concepção da estátua do escritor, sita no Largo do Quintela (perto Rua das Flores e Rua do Alecrim, em Lisboa). A estátua, feita em calcário, foi muitas vezes vandalizada e a mão da musa partida. Agora uma réplica em bronze está no local (à prova de bala!); a original no parque do Museu da Cidade, ao Campo Grande. Vale a pena uma visita à estátua naquele local e a muitos outros pontos de interesse nele contidos (Cerâmica das Caldas e Joana Vasconcelos, por exemplo). Uma boa frase... para meditar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

... uma Grande Mulher … Marquesa de Châtelet


Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, marquesa de Châtelet (17 Dez 1706, París - 10 Set 1749, Lunéville) foi uma mulher extraordinária. Com grande impacto científico, foi matemática e física, traduziu Newton e foi difusora das suas teorias. Casou com o Marquês du Chastellet-Lomont em 20 Jun 1725,. Teve uma vida social e amorosa intensa. Grande paixão de Voltaire. Morreu ao dar à luz o seu quarto filho e os 3 homens da sua vida estavam à beira do leito de morte (Marquês de Châtelet, Voltaire e Saint-Lambert, o pai da criança). 


No Teatro do Bairro, Rua Luz Soriano (27 e 28 Jan, 2012) 'ÉMILIE E VOLTAIRE' de Arthur Giron 
“Estava-se na véspera de Ano Novo, em Paris, na noite em que ela mudou a miserável vida dele.” Ele é Voltaire. Ela é Gabrielle Emilie, Marquesa de Chatelet. Ambos se refugiam numa relação de amor e conhecimento. Viveram apaixonadamente durante 16 anos, em França, trocando o glamour de Paris pelo sossego de um “pequeno recanto na Champagne“ a fim de produzirem páginas de escritos literários e científicos. Num tempo em que o Iluminismo ganha os seus fortes contornos, e a Revolução Francesa espreita, para o qual muito terá contribuído Voltaire com os seus panfletos políticos inflamados, ambos fogem aos guardas da Rainha para viverem intensamente uma história ímpar. Entre sedução, jogo, vícios de mentes elevadas, páginas espalhadas, paixão por café, filosofia, matemática, desejos insaciáveis e viagens fantásticas este amor renasce agora no Teatro do Bairro em Lisboa, onde se descobrirá porque razão ‘Émilie e Voltaire’ prometem uma “chuva de meteoros“! Com Figueira Cid no papel de Voltaire (que assina também a encenação) e Mirró Pereira no papel de Émilie, o espectáculo da ‘abT’ conta ainda com Marta Inocentes na assistência de encenação, Pedro Fazenda na cenografia e figurinos, João Bacelar na sonoplastia e Henrique Martins no desenho de luz. Criação/Produção: a bruxa TEATRO. 

Química, seus protagonistas e suas histórias num maravilhoso livro a ler absolutamente.
Para saber mais sobre Madame Châtelet e muitos muitos mais.


HAJA LUZ! 
UMA HISTÓRIA DA QUÍMICA ATRAVÉS DE TUDO 
JORGE CALADO 
esgotado neste momento, em breve uma segunda edição

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

... Millenium de volta!

A trilogia de STIEG LARSON (sueco) 


OS HOMENS QUE ODEIAM AS MULHERES 


A RAPARIGA QUE SONHAVA COM A LATA DE GASOLINA E UM FÓSFORO 


A RAINHA NAS CORRENTES DE AR 

foram best-sellers literários e originaram filmes. 





Resumo: O jornalista Mikael Blomkvist envolvido num escândalo de corrupção tem ainda que procurar uma mulher desaparecida há 40 anos, ajudado por uma jovem e problemática hacker, Lisbeth Salander. 




Filme : The Girl with the Dragon Tattoo (2009) 


Director: Niels Arden Oplev 
Actores: Michael Nyqvist, Noomi Rapace and Ewa Fröling 





Um remake (2011) mantem o ritmo e mistério da história inicial, mas sem a novidade e surpresa que acompanhavam a versão de 2009. 





Director: David Fincher 


Actores: Daniel Craig, Rooney Mara and Christopher Plummer 





Na versão de 2011, de notar o fabuloso visual do genérico
e a música inicial (immigrant song) 






http://millenniumtrilogy.wikia.com/wiki/Video:Trent_Reznor_and_Karen_O_-_The_Immigrant_Song




sábado, 21 de janeiro de 2012

... Artistas Unidos na Politécnica.

Há uns meses segui com atenção durante 4 semanas as palestras de Jorge Silva Melo na CulturGest sob o tema “não gosto” (de críticos, de programadores, de ministros e... "gosto" dos actores). Muito se falou de teatro e dos Artistas Unidos que encontraram agora o seu espaço no Teatro da Politécnica. Jorge Silva Melo merecia um espaço condigno. Com uma programação intensa, entre outras, "Dias de Vinho e Rosas" de Owen McCafferty. Peça escrita para televisão (1958 – J.P. Miller), deu origem a um filme (Jack Lemmon e Lee Remick interpretaram, Blake Edwards realizou). Owen McCafferty (Belfast) criou uma nova versão. 
Um casal na solidão da grande cidade em autodestruição. 
Excelente espectáculo numa sala muito acolhedora.

DIAS DE VINHO E ROSAS de J.P. Miller
versão de Owen McCafferty
Tradução de Joana Frazão
Com Maria João Falcão e Rúben Gomes
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Pedro Domingos
Músico Paulo Curado
Sonoplastia Rui Rebelo
Imagens Bartolomeu Cid dos Santos
Assistência Vânia Rodrigues
Encenação Jorge Silva Melo

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (nº 60)
No Teatro da Politécnica de 18 de Janeiro a 25 de Fevereiro de 2012


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

... tertúlias, alimento para o espírito!



As tertúlias são reuniões sociais onde se discute matérias literárias, políticas e artísticas; como um salão literário mas, em tempos mais recentes são acontecimentos que passaram a ocorrer em bares, livrarias, etc…. embora o carácter privado seja muitas vezes enaltecido. Os participantes discutem tópicos de um modo regular e agendado, e partilham criações recentes (poesia, contos, arte, por exemplo).
Há alguns anos tive a experiência de organizar com um grupo de bons amigos uma tertúlia, partilhando um jantar (rotativo, casa em casa) e onde eram discutidos temas pré-acordados (mais ou menos evidentes, mais ou menos desafiantes) onde a forma de discussão e a apresentação do tema variava. Ao longo de um ano e meio, os participantes desdobraram-se em formas imaginativas de apresentar temas e os meios usados muitas vezes muito surpreendentes, desde o texto, à instalação, ao video e à performance. Os temas, de que me lembro versavam: Narcisismo, Sedução, Cravos e Rosas, Preto e Branco. Paradoxos, Fantasia, etc. Atas eram elaboradas, rigorosas e fatuais. Uma experência única, de grande convívio… dizem que esta tertúlia era badalada em Lisboa…
Aqui fica uma ideia e a partilha. Experimentem. Estou a pensar em reativar, em breve, uma tertúlia com um grupo de amigos.

(Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Marquesa de Alorna (1750-1839), uma mulher extraordinária, culta e viajada… um exemplo de grande dedicação á literatura, adoptou na Arcádia o nome de Alcipe e era grande encorajadora destas atividades)

|TERTÚLIA| ... conjunto de pessoas que se reúnem habitualmente para conversar o debater um tema
Nesse café há todas as semanas uma tertúlia literária.
Copyright © 2009 K Dictionaries Ltd.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

... foi ontem no TNSC

TNSC
Così fan tutte («São todas iguais») (1790 Opera buffa em dois actos, KV 588) 
Wolfgang Amadeus Mozart
Libreto Lorenzo da Ponte

O génio de Mozart. Uma das óperas mais incompreendidas. Entre a pré-romântica Don Giovanni (1787) e a popularíssima Flauta mágica (1791). Ontem, a cena transpostada para o hall de um hotel. Aqui fica a sugestão (ainda mais sensual) dos jogos de amor que se poderiam passar nos quartos. Uma ideia experimentada no Festival de Salzburg em 2009, onde a narrativa se passa num apartamento de design minimalista, onde abastados bons vivants se cruzam (visualizado em DVD - a minha preferida entre estas novas produções).

No TNSC (17.01.2012)
Direcção musical Erik Nielsen| Encenação Guy Joosten |Cenografia Johannes Leiacker | Figurinos Karin Seydtle |Desenho de luz  Ivan Munro
Orquestra Sinfónica Portuguesa | Coro do Teatro Nacional de São Carlos | Produção Vlaamse Opera, Bélgica
Elenco:
Fiordiligi Carmen Romeu
Dorabella Luisa Francesconi
Despina Eduarda Melo
Ferrando Shawn Mathey
Guglielmo João Merino
Don Alfonso Jorge Vaz de Carvalho

domingo, 15 de janeiro de 2012

TMA - programação para 2012



A apresentação foi na noite passada (14 de janeiro, às 21h30), numa sessão aberta ao público. Uma sessão onde se falou de dificuldades, cidadania, parcerias e da importância da Companhia TMA no panorama cultural nacional. 
Joaquim Benite ausente (por razões de saúde) mas sempre presente.
Na nova temporada, o TMA vai acolher seis produções da Companhia (O Carteiro de Neruda, Dança de Roda, A Rainha Louca, O Mercador de Veneza, Tuning, Timão de Atenas) e 44 produções de teatro, dança e música. 

O destaque da programação do Teatro Municipal de Almada para 2012 vai para o espetáculo do Berliner Ensemble “Simplesmente complicado”, de Thomas Bernhard, com direção de Claus Peymann, um dos maiores encenadores do teatro mundial e que se apresenta, pela primeira vez, em Portugal.
Apesar dos cortes de financiamento de que tem sido alvo, o TMA acolhe este ano mais oito espetáculos (de teatro, dança e música) do que em 2011, apresentando um total de 13 estreias.

Uma das novidades da programação é a criação do Ciclo “Sala Experimental”, entre Abril e Maio, no qual dez grupos de jovens criadores vão estrear outros tantos espetáculos de teatro, dança e performance.
  
Em 2012, o Teatro Municipal mantém as habituais parcerias com a Orquestra Gulbenkian, o Teatro Nacional de São João, a Companhia Nacional de Bailado, o Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, reforçando ainda a colaboração com os teatros municipais que constituem a rede Acto 5 (Teatro Circo de Braga, Cine-Teatro Constantino Nery, de Matosinhos, e Teatro Aveirense).


Apoiem o TMA. Merece!
O TMA organiza um dos maiores festivais de teatro mundiais em Julho. A não perder.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

teatro... Coward visita a Comuna...

Noel Coward
Design for Living

Em 1933, Ernst Lubitsch realizava o filme baseado na peça homónima de Noel Coward, com adaptação de Ben Hecht. O jovem Gary Cooper contracenava com Fredric March e Miriam Hopkins (JPA obg por esta sugestão de um grande cinéfilo!)

O tema, demasiadamente arrojado para a época, proibiu a exibição da peça nos palcos londrinos. Mais tarde a peça foi várias vezes representada pelo mundo fora.

Agora (2012), no Teatro da Comuna, a peça é reposta com a modernidade e a sofisticação que o texto requer. Conta-se a história de um trio de artistas num triângulo amoroso que se desenvolve entre Paris, Londres e Nova Iorque. Otto um artista plástico, Leo um dramaturgo e Gilda uma designer de interiores, apaixonados uns pelos outros. 
A ver absolutamente (até Fev 5).
Encenação | Álvaro Correia
Tradução | Paula Seixas
Cenografia | Marta Silva
Actores | Rita Bastos, Carlos Vieira, João Tempera, Carlos Paulo e outros.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

… aquisições…

Shock of the New is a 1980 documentary series by Robert Hughes that was broadcast by the BBC in the United Kingdom and by PBS in the United States. It addressed the development of modern art since the Impressionists and was accompanied by a book of the same name; its combination of insight, wit and accessibility are still widely praised.

The eight programmes focused on these themes: (1) "Art’s love affair with the machine"; (2) "The powers that be" (covering the period 1914 to 1930s); (3) "The landscape of pleasure", 1870s to 1950s; (4) "Trouble in utopia", 1890s to 1960s; (5) "The threshold of liberty", 1880s to 1940s; (6) "The view from the edge", 1830s to 1970s; (7) "Culture as nature", 1910s to 1970; and (8) "The future that was", 1840s to 1970s.

THE BOOK
Shock of the New | Robert Hughes
The hundred-year history of Modern Art – its rise, its dazzling achievement, its fall
Alfred A. Knopf, NY, 2009

Marcel Duchamp clip from The Shock of the New (1982)
Marcel du Champ / RH

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

... Gatos! Leituras revisitadas...

"O Livro dos Gatos" | T.S. Eliot ... que deu origem ao musical "Cats"
Nova edição | no original "Old Possum's Book of Pratical Cats", ed. Vega.

"Dar nome a um gato é coisa complicada/ E não é tema para brincadeiras": as primeiras estrofes do poema "O Nome dos Gatos", do britânico T.S. Eliot (1888-1965), mostram a seriedade e a delicadeza com que o autor trata dos bichanos no livro "O Livro dos Gatos" reeditado recentemente com novas ilustrações, assinadas pelo artista alemão Axel Scheffler.
Ao longo da década de 1930, Eliot escreveu uma série de poemas sobre felinos e que deu de presente a afilhados e amigos, e enviava os textos por cartas, que assinava como "O Velho Gambá" (1875-1982). Os poemas narram as tropelias de um grupo de gatos, entre eles o mágico Sr. Mistófelis, além do velho Deuteronómio e outros Em 1939, amigos de Eliot convenceram-no a publicar a obra.
À época, o poeta já se havia tornado um dos grandes nomes da literatura do século XX. O seu livro "Terra Devastada" reorganizara a poesia inglesa e, como crítico, revelou escritores como James Joyce. T.S. Eliot recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1948.
Tendo se tornado um dos trabalhos mais conhecidos de Eliot, "O Livro dos Gatos" serviu de base ao musical "Cats", que estreou em 1981 e se tornou um dos mais célebres espetáculos da categoria. Lloyd Webber musicou os poemas mantendo a sua integridade… mágico! Edição bilingue.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

... Pessoa está a chegar!


Exposição sobre Fernando Pessoa e heterónimos na Gulbenkian em Fevereiro
Uma exposição sobre o poeta Fernando Pessoa e os seus heterónimos, com fotografias, pintura e documentos, vai ser inaugurada no dia 09 de Fevereiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no âmbito do Ano do Brasil em Portugal. 
Até 30 de abril, os visitantes poderão encontrar na sede da Fundação Gulbenkian os poemas, textos, documentos, fotografias e pintura sobre um dos nomes maiores da História da Literatura portuguesa.
«Fernando Pessoa, Plural como o Universo» esteve em São Paulo em 2010 e, no Rio de Janeiro, em Março de 2011.
De acordo com a News Letter da FCG, um dos espaços da mostra será reservado à apresentação, em compartimentos delimitados, do ortónimo e dos quatro mais importantes heterónimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares.

A exposição 'Natureza-morta na Europa –Parte II', que encerrou no domingo no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi vista por 97 mil pessoas desde a inauguração, em Outubro passado.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

… facebook poupa-me!

Nunca andei muito pelo facebook. Há questão de um mês comecei a partilhar coisas por lá com mais assiduidade e a ler o que amigos meus e conhecidos (e muitos desconhecidos, adicionados por inexperiência) lá colocam.
Tem sido positivo muitas das vezes, outras menos.
No entanto, esta curta experiência levou-me a reflexões que aqui deixo, num espaço que considero de minha responsabilidade e um fórum meu.
Foi muito bom foi ter encontrado tantos com quem não falava há muito tempo, além dos amigos que encontro com frequência, senti aquele momento de reencontro. Muito positivo.
Depois, para mim foi enriquecedor ter sido gerado um facebook familiar dos Mouras onde encontro os meus familiares e vou sabendo o que se vai passando, ver os mais pequenos a crescer, etc. Interessante… esta era a função que os meus tios e pais faziam bastante bem, antes da era da internet, mantendo todo o “mundo familiar” informado das novidades.
Há todo um mundo de informação actual, que nos desperta para assuntos vários, estimulantes, alguns mais intelectuais, outros lúdicos. Pequenas notícias, músicas no youtube, arte, literatura, cultura, movida, preocupações sociais e políticas, etc.
Mas o que mais me chamou à atenção foram mensagens de pessoas que, numa tentativa desesperada de serem populares e terem “amigos”, escrevem textos rebuscados, “com conteúdo”, tentando esconder problemas, solidão, amarguras, frustações e preconceitos. Então temos aqueles textos sobre amigos (e mais amigos), “amizade”, “amor global”, busca de felicidade, honestidade, paz e riqueza interior, com mensagens, bla, bla… penso mesmo que alguns são textos “reciclados” ou “inspirados”.  Todo um mundo para além de... Também existem os “chateados” até à medula com o emprego. Nestes casos, o facebook é um escape!
Dá que pensar. Um tema muito interessante para psicólogos, sociólogos seguirem… talvez já existam estudos feitos ou em vista… quem sabe, desconhecimento meu! Sempre gostei de analisar e escamotear… fazer leituras (que são minhas), ler nas entrelinhas… A liberdade é total e todos, dentro do respeito pelo seu semelhante, têm de se exprimir… o facebook é um espaço como qualquer outro… e se isto fizer bem, melhor… mas que há muita insegurança e solidão há... muitos problemas a resolver… fácil de dizer, difícil de fazer… mas um reencontro interior, o ver a verdade, o partir para objectivos positivos pode ser alternativa… é confrangedora a exposição constante e não sei se é uma forma de resolver o problema… para o leitor atento é penoso às vezes.
Mas claro! Vou continuar no facebook! E a seleccionar também… mas poupem-me (alguns) "facebookers"!


                                              Dia de Reis... esta foi a fava!