terça-feira, 1 de setembro de 2015

Cadernos de Moscovo

Depois de alguns anos de colaboração com a Universidade de Moscovo (Lemonosov), e ter assistido às mudanças drásticas originadas pelos ventos políticos ao longo dos anos, um grande interesse em rever a cidade de Moscovo na atualidade.

Alterações dos tempos consumistas são patentes, mas uma cidade limpa, florida, iluminada à noite e segura. Uma cidade enorme e vasta, com grandes avenidas à medida dos ditadores que as desenharam. Uma forte oferta cultural e o prazer de tentar penetrar num mundo civilizacional diferente. Um pouco de cirílico ajuda para sobreviver, em particular no metro.

Alguns pontos a referenciar

Domovedovo, um novo aeroporto ligação fácil (Aeroexpress), Estação Paveletskaya (duas estações do centro – Teataskaya).

A não perder: Praça da Revolução. Praça Vermelha. Mausoléu Lenine. Catedral de S. Basílio. Gum. Kremlin. Catedral de Cristo. New Moscow. Mosteiro de Novodevich... e muito mais...

Incontornável ... um tour de Metro na linha castanha (entrar e sair ... as estações de Metro Urbano mais lindas do Mundo).

Museus e Cultura
Tetriakov, Tetriakov Gallery, Garage (Parque Gorky). Museu de Arte Moderna, Museu Pushkin. Casa de Tosltoi. Museu da Cosmonáutica. Prospect Lenine e Monumento a Gagarin. Bolshoi.
Muitos parques e jardins...


Comida e Bebida: Pelmienis, Borsh e muito Vodka.





sexta-feira, 31 de julho de 2015

Cadernos da China...


   
2015 / Julho 18-31


Cadernos da China 1
Uns tempos em Beijing e outras paragens por motivos de trabalho e outros... Chegada 19 (A380 China Southern Airlines de Amsterdam). Uns relatos sumários (partilhas) vão aparecendo, esquecendo aqueles “musts” habituais: Tianan ́men, Cidade Proibida, Palácio do Céu, a Grande Muralha, O Mausuléu do Mao (agora com restrições na visita), Palácio de Verão, e aquelas envolvências mercantis. Sempre encontrei uma semelhança com Moscovo (frutos das ditaduras “opulentas”); Beijing é uma cidade não pensada à escala Humana. Andar a pé complicado, taxi ou metro (preparar para enfrentar a dificuldade de obter informação – os locais em geral só gostam de falar chinês). O cimento armado tem tomado conta da paisagem, e os recantos do passado (em particular os Hutongs) têm de ser procurados com minúcia e algum arrojo/aventura.

Cadernos da China 2
Beijing e MacDonald nas ruas da cidade...

Cadernos da China 3
Mercados noturnos são apelativos numa cidade quente e húmida. O Mercado de Donghuamen (perto de uma zona bem comercial da “baixa” -Wanfuging) atrai multidões locais (poucos estrangeiros) que se comprimem para saborear iguarias vareadas. Na China o que “mexe come-se”... e muito dos conteúdos ainda mexem mesmo, outros não, para todos os sabores e cheiros que pairam no ar. E dentro da normalidade (que é isso?), há muita coisa bem interessante para experimentar e descobrir. Encarando a coisa de frente e dependendo da coragem de cada um, resulta uma noite bem passada. 

Cadernos da China 4

O Pós-Olímpico

Water Sports, Torre Olímpica, IBM, Bird ́s Nest    

Cadernos da China 5

Somos 9-10 milhões em Portugal

Chinenes são 1.35 bilhões
Em proporção, numa composição do metro (5 carruagens) apinhada, dois portugueses são uma proporção razoável...
Mas estamos sós ...
Os turistas preferem viagens em grupos organizados e apanham taxis...
Muito raro ver estrangeiros em transportes públicos.
Somos muito apreciados e curiosos tiram fotos connosco.


Cadernos da China 6
Apanhados na rua por um Professor de Artes da Universidade de Beijing. Conversa puxa conversa e terminámos numa exposição de pintura.

Cadernos da China 7
No centro das compras Wanfuging, em ligação com uma livraria, um pequeno “food court” muito bem organizado, com livros como cenário. Tempos modernos e de evolução em Beijing... mais ocidental... não sei se bom ou mau !
     
Cadernos da China 8
Ainda existem lugares que lembram o passado. É preciso procurar. Tipo Hutong, casas pequenas em ruas estreitas, comércio, restaurantes (muitos dim sums), pastelarias (bolos diferentes, uns lembram os nossos pastéis de nata), mercearias, casas que vendem chás, lojas de caligrafia... e passam rickshaws... Parece haver um esforço enorme de preservação nestes últimos tempos, contrariando a impressão que tinha ficado na última visita. Ainda bem!

Cadernos da China 9

Coisas:

Segurança por todo o lado (check points (raios X): metro, parques, edificios, etc.? ... mesmo à porta das salas de conferência.
Como nos velhos tempos muito emprego para “encher”...
Motoretas e pequenos transportes tudo a baterias (menos poluição)
Metros cheios e pessoas com ares de zombies a olhar para os Smasungs e iPhones.
A comunicação é quase impossível.
Uma sociedade que evoluiu tecnologicamente sem conseguir ainda desligar de um pesado passado.
A cidade olímpica é visitada por enchentes de chineses, assim como outros locais de culto... Museu Nacional da China, Cidade proibida, Tianan ́men.
As passagens de peões são armadilhas para os transeuntes.
A comida é barata.
Definitivamente os turistas fazem “caminhos” distintos da população chinesa (grupos e tours organizados). Muito poucos turistas nas zonas muito frequentadas pelos locais.
Adorámos as estações de comboios (Beijing, Shangai e Hangzhou). Modernas, enormes, funcionais, fáclizareis de uti... Nem quero comparer com Santa Apolónia, nem mesmo Oriente... verdeiramente um novo conceito.



Cadernos da China 10

Quianem District
Mesmo ao lado de Tianan ́men ...
Era uma zona degradada com algum comércio. Talvez por causa dos Jogos Olímpicos uma recuperação notável... mantendo uma traça original, de bairro (Hutong), tijolos cinzentos, mas agora com bons pavimentos, zonas pedonais e comercio tradicional mas que começa a ter competidores (H&M, ZARA, Starbuck e claro, por ser frito, KFC tem muita implementação). Farmácias e medicina chinesa, loja de pickles, pastelarias e casas de venda de chás). Nota-se uma melhoria acentuada nestas lojas que começam a ter conceito e design. Algumas mesmo trendy.
Xuanwu District

Não muito longe o Artes Antigas e Distrito Cultural Liu Li Chang

Na zona de Rong Bao Zhai vendem-se rice papers de boa qualidade, pincéis, leques, frascos (de vidro) medicinais pintados à mão, tintas da china e pinturas.

http://www.thebeijinger.com/directory/rong-bao-zhai https://www.youtube.com/watch?v=Y2G7EhjVn8page5image3040 page5image3200   
Cadernos da China 11

O famoso pato à Pequim

Quan Jue é uma instituição perto de um dos castelos dos samurais que ladeiam a praça de Tiananmen. Patinho assado inteiro, desmachado na mesa com panquecas, molho espesso (plum sauce) e cebolinho e outro vegetais. A “delicatessen” é mesmo a pele bem tostada e separada num prato especial. Zona de Quiamen.
Beijing by night - Foto
   

Cadernos da China 12

O Museu Nacional da China
Muito perto de Tiananmén. Um espaço gigantesco e monumental.
Um enorme investimento e décadas de trabalho para contar a história da China. Uma interessante sala explicando o design da reestruturação do museu.
Grandes murais, pintura socialista/realista com muitas nuances pictóricas. Uma maravilha. Pena todas as tabelas estarem em chinês. Multidões na entrada. Também esculturas de Dali e muitas exposições temporárias.



Cadernos da China 13

Encontro da Ciência com a Arte
No início e final da Conferência um encontro inesperado da Química Bioinorgânica com a Ópera de Beijing e ....

Jantar da Conferências – Danças Tradicionais


Cadernos da China 14
07/25 a 07/29
Beijing, Shangai, Hangzhou, Shangai, Beijing
uma fuga de Beijing e volta
(detalhes em breve)
dia
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partida
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Transfer
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Visitas
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01
Beijing
Hi-speed Rail G117 1005/1529
Shanghai
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02
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Shanghai
Jade Buddha Temple, Yuyuan Garden, Silk Factory, The Bund, Shangai Museum, Nanjing Road, The Old Town
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03
Shanghai
Hi-speed Rail G7505 0905/0957
Hangzhou
Shanghai railway station para Hangzhou railway station, West Lake with ferry cruise, Lingyin Temple, Tea Village, Six Harmonies Pagoda,
04
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Hangzhou
carro
Shanghai
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Qinghefang (Imperial) Street, volta a Shanghai
05
Shanghai
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Hi-speed Rail G14 1000/1455
Beijing
Short tour
Shanghai railway station Beijing railway station
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Shangai 
Hangzhou

Cadernos da China 15
Ùltimo dia em Beijing.
A Grande Muralha.
Templo de Confúcio e Mercado de Panjiayauan

Partida no voo da noite para Amsterdam / Lisboa. 

caderno 1

caderno 2


caderno 3

caderno 4
caderno 5 - Metro 
 caderno 6

 caderno 7
 caderno 8
 caderno 10 - Distrito Cultural
        caderno 11- Pato à Pequin e Beijing à Noite

 caderno 12 - Museu Nacional da China

 caderno 13 - Conf e Jantar
 caderno 14 Shangai e Hangzhou
caderno 15 - Grande Muralha


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Leituras

Frederico Lourenço
Os Lugares Supracelestes / 2015 / Cotovia

Notas sobre o autor
Licenciou-se, em 1988, em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa, onde mais tarde se doutorou com uma tese sobre os cantos líricos de Eurípides, tendo sido aprovado por unanimidade por um júri que incluiu Maria Helena da Rocha Pereira (Universidade de Coimbra) e James Diggle (Universidade de Cambridge). A tese foi publicada com o título "The Lyric Metres of Euripidean Drama" (Coimbra, Classica Digitalia, 2011). De 1989 a 2009 foi docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde Novembro de 2009 é professor associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tendo-se dedicado durante anos ao estudo e tradução da poesia grega (com destaque para Homero), começou a voltar-se para outros interesses a partir de 2007: Estudos Bizantinos, Germanística e História da Dança. Em 10 Abril de 2008, estreou, com grande êxito crítico, no Teatro da Cornucópia de Lisboa, a sua versão da peça Don Carlos de Friedrich Schiller, com encenação de Luis Miguel Cintra.

Obra /Ficção
O autor publicou uma trilogia de romances: Pode um Desejo Imenso (2002, prémio PEN Clube 2002), O Curso das Estrelas e À Beira do Mundo. Em 2006 estes romances foram publicados num único volume. Escreveu também uma colectânea de contos A Formosa Pintura do Mundo (2005) e dois livros autobiográficos: Amar não Acaba (2004) e A Máquina do Arcanjo (2006). Em 2007 foi editada uma colectânea de crónicas suas intitulada Valsas Nobres e Sentimentais.

Tradução
Em 2003, foi publicada a sua tradução em verso da Odisseia de Homero, que ganhou o prestigiado Prémio D. Diniz da Casa de Mateus, assim como o Grande Prémio de Tradução - APT (Assoc. Port TRAD)/ PEN Clube 2003. Em 2005 foi a vez da sua tradução da Ilíada, e em 2006 seguiu-se uma antologia Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Traduziu também duas tragédias de Eurípides, Hipólito e Íon. Em 2005 foi publicada uma adaptação sua da Odisseia destinada a um público juvenil. Em 2006 sai Ensaios sobre Píndaro, organizada por Frederico Lourenço, e que contém textos de seus e de outros académicos.

Colaborou com a Cinemateca Portuguesa na elaboração de textos sobre cinema e na realização de catálogos, e nos jornais O Independente, Expresso, Público e Diário de Notícias

Prémios
2002: Prémio PEN Clube 2002 (Primeira Obra)
2003: Prémio D. Diniz da Casa de Mateus
2003: Grande Prémio de Tradução - APT (Assoc. Port TRAD)/ PEN Clube 2003

2006: Prémio Europa – David Mourão-Ferreira