Coimbra. A
recuperação de um edifício histórico.
Uma magnífica recuperação, um complexo arquitectónico cheio de memórias, que resurgiu das águas do Mondego, onde esteve imerso e escondido durante séculos...
Um visita a fazer! Um exemplo a seguir.
Depois de 17 anos de recuperação, o Mosteiro de Santa
Clara-a-Velha, em Coimbra, o edifício foi requalificado, num projecto avaliado
em 7,5 milhões de euros, e conta agora com um centro interpretativo que acolhe
"a história do sítio" - olhar a beleza do
monumento,e conhecer o universo riquíssimo
associado a Isabel de Aragão. Este novo centro consiste num edifício de 100 m2, com funções museológicas, dotado de um auditório, salas de
exposições, uma loja e uma cafetaria. As causas da edificação da nova infra-estrutura têm
sobretudo a ver com os "espólios riquíssimos" classificados por uma
equipa de especialistas de antropologia, arqueologia, história de arte,
biologia, engenharia e geologia. O problema do alargamento foi resolvido com a
construção de uma cortina periférica, estrutura enterrada que permite proteger
todo o recinto de reserva arqueológica. O referido espólio encontrado permite
contar a história do mosteiro e das freiras que nele viveram, numa perspectiva
que se tornou possível graças aos materiais recolhidos durante as escavações.
O Mosteiro de Santa Clara de Coimbra, conhecido como Convento de Santa Clara-a-Velha, localiza-se
na margem esquerda do rio Mondego,
perto da Baixa da cidade de Coimbra.
Um pouco de História
1280 - Fundação do Convento das Clarissas
1307 - A segunda fundação: o convento da Rainha Santa Isabel de
Aragão, Rainha de Portugal. A nova igreja foi consagrada em 1330, pelo então bispo de Coimbra, D. Raimundo Ebrard
II (1325-1333).
... até 1900s... O abandono do conjunto.
1910 à actualidade - Intervenções contemporâneas
Monumento Nacional por
Decreto de 16 de Junho
de 1910, e sujeito a extensa
campanha de obras de restauro por a partir da década de 1930.
Em 1991
foi iniciado um ambicioso projecto de recuperação e valorização do seu sítio,
com orçamento na ordem dos 7,5 milhões de Euros, sob a coordenação do Arqueólogo Artur Côrte-Real. A campanha arqueológica estendeu-se entre 1995 e 2000.
Em 2001
lançou-se um concurso internacional para a recuperação do monumento, vencido
pelo Ateliê 15, com projeto a cargo dos arquitetos Alexandre Alves
Costa, Luís Urbano
e Sérgio Fernandez.
O Centro Interpretativo
O projeto de valorização do antigo Mosteiro, lançado
em 2004 compreendeu a
construção de um edifício destinado a albergar o Centro Interpretativo.
Concluído em 2008,
foi aberto ao público a 18 de Abril
de 2009.
O mosteiro acolheu durante muito tempo as freiras
clarissas, que viviam em clausura. Essas religiosas deixaram um importante
espólio de porcelanas
e faianças, rosários, anéis e muitos
outros objectos que permitem reconstruir o seu dia-a-dia, patente numa
exposição instalada no centro interpretativo, que acolhe "a história do
sítio".Este novo centro consiste num edifício de mil metros
quadrados, com funções museológicas, dotado de um auditório, salas de
exposições, uma loja e uma cafetaria.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha foi contemplado com
o prémio Europa Nostra 2010, um dos mais importante galardões europeus.
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