CICLO SOFIA GUBAIDULINA
A HORA DA ALMA
05-02-2011 A 12-02-2011
"O objetivo mais importante de uma obra de arte é, na minha perspectiva, transformar o tempo. Os seres humanos têm em si próprios este outro tempo, o tempo da alma".
SOFIA GUBAIDULINA
O Ciclo Sofia Gubaidulina, A Hora da Alma, celebra a arte irresistível de um dos maiores compositores do mundo. O conjunto de actividades deste Ciclo, que assinala o 80.º aniversário de Gubaidulina, inclui quatro concertos com obras suas orquestrais, corais e de câmara, várias das quais em estreia em Portugal, e ainda um encontro com a própria compositora que esteve presente no Centro Cultural de Belém.
Reconhecida como uma criadora essencial neste começo do século XXI, Sofia Gubaidulina é talvez a primeira mulher compositora a alcançar um estatuto ao nível dos seus homólogos masculinos. A demonstrar a dimensão e o reconhecimento alcançado pela obra de Sofia Gubaidulina está a impressionante lista de intérpretes que lhe solicitaram composições e que as difundiram internacionalmente, entre os quais se encontram maestros como Simon Rattle, Gennadi Rozhdestvensky, Kurt Masur ou Valery Gergiev e solistas como Mstislav Rostropovich, Anne-Sophie Mutter ou Gidon Kremer (texto CCB).
Contaram-me que ouvir a compositora, na obra À beira do abismo, vestindo a pele de intérprete e encarregando-se do aquafone – um instrumento de sonoridades muito peculiares - foi uma experiência única.
Tive o previlégio de ouvir a Metropolitana, no concerto de encerramento, dirigida pelo maestro Mikhail Agrest e com Filipe Pinto-Ribeiro ao piano. Introitus e Stimmmen… Verstummen… (Vozes… emudecem…) reuniu um número incrível de executantes e um conjunto de instrumentos (em particular a percursão) que raramente voltaremos a ver.
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