domingo, 6 de novembro de 2011

… o cubo de MATTA!

A coleccção Berardo, de tempos em tempos, mostra um enorme canvas de Roberto MATTA que sempre me impressionou; a paragem em frente ao quadro é quase obrigatória. Como que arrastando ideias do surrealismo, a pintura mistura formas orgânicas, o fantástico, as galáxias, etc. Um mundo muito sentido e próprio.
Roberto Sebastián Antonio Matta, chileno, envolvido no movimento surrealista, ao vir para a Europa, começa a pintar grandes superficies à maneira dos grandes muralistas. Grandes quadros visionários, inclinados para o abstracionismo, com uma mensagem que reflecte movimentos sociais e políticos.
 “My paintings are an example of the conflict between the need to change the world and other people’s lives and the need to change my life”. Matta


O CUBO é uma das obras mais espectaculares exibido a primeira vez na Galeria Alexandre Iolas em Paris (1966) e agora no Museu Thyssen-Bornmirsza, Madrid.
O conjunto de 5 grandes painéis com um significado especial e cósmico, desenhando formas amorfas, dois deles colocados horizontalmente formando um tecto, reinforçando a ideia de uma caixa, completada através da colocação precisa das outras 3 telas. Quando nos colocamos como sexta parede ou no interior, sentimo-nos como um fecto olhando a placenta, onde glândulas e líquidos dentro de um útero nos trazem simbolismo e recordações ancestrais…

“I have tried to act as if I were located at the center of the cube and the canvas, rather than being a window in front of me, it was one of the six sides of the cube”. Matta 1966

“His most important contribution was the discovery of regions of space unexplored in the realm of art. He followed modern physics in the quest of a new space, which was not to be confused with 3D illusionism. Although still very young, Matta is on of the most profound painters of its generation”. Marcel Duchamp, 1945

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