quarta-feira, 30 de março de 2011

teatro...the Incredible Shrinking Man...


UM HOMEM FALIDO _ Artistas Unidos

De 29 de Março a 9 de Abril
de 2ª a Sáb | 21h30
Instituto Franco Portugais








em torno da obra de David Lescot pelos Artistas Unidos

teatro contemporâneo francês 
encenação | António Simão (com apoio de Jorge Silva Melo)
interpretação | Rúben Gomes, Sylvie Rocha e Américo Silva

A história de “Um Homem Falido” é a de um indivíduo que a meio da sua existência se vê obrigado a despojar-se de tudo para continuar a viver. 

Um homem falido - Um homem tem a oportunidade para recomeçar a sua vida. Um homem na falência, termo público tornado privado, decide deixar de possuir e remete-se à sua condição mínima, desprendendo-se de tudo o que pode ser adquirido. Tal como no romance de Richard Matheson e no filme The Incredible Shrinking Man de Jack Arnold, este homem vai “encolhendo” até desaparecer no meio das páginas de um livro, no meio de um pensamento. Esta realidade deformada vai permitir-nos constatar que quando a lei humana se torna capaz de excluir o homem que não tem propriedade ou meios de subsistência, resta-lhe a lei natural imutável, e esta lei está do lado essencial e simples das coisas, do pensamento, do homem que nunca se aborrece, que nunca se farta de pensar. E esta falta de ócio, e de tudo o resto (propriedade e meios de subsistência), torna-o temível. 
E só fica um homem despojado de tudo, confrontado com um quotidiano mais do que inseguro. 


Obg AA

sábado, 26 de março de 2011

Mind links…





Em Portugal, o momento político é degradante e a situação económica preocupante. A classe política preocupa-se consigo própria, a sede de poder é notória e os interesses do país não são prioridades. Pena não termos um Presidente que seja capaz de gerar um governo de personalidades acima de quaisquer interesses partidários, competentes, honestos, e que fosse capaz de honrar compromissos, vislumbrar soluções (difíceis) mas justas, e que não sofressem de amnésias oportunistas dizendo um dia uma coisa e no outro o inverso. Enfim, um conjunto de "wishfull thinkings", quase impossíveis de obter. 

Dá vontade de dar um grito pungente, angustiado mas que fosse libertador…

E aqui vai o mind link… lembro aqui o Edvard Munch e o o seu grito.
Não vou falar dele mas vou gritar bem alto…


EDVARD MUNCH
(1863 - 1944)
“Pintei os traços e as cores que afectaram o meu olhar interior.
Pintei de memórias sem nada acrescentar, sem os pormenores que já não via à minha frente.
É esta a razão da simplicidade das minhas telas, do seu óbvio vazio".


sexta-feira, 25 de março de 2011

… something different…

An absolutely beautiful pieces of filmmaking from Carlota Nelson (Madrid), a good friend. An addition to the 9 IOU short films depicting scenes from the life of the weaving societies that have been uploaded to YouTube. 
"If you haven´t already seen them, I encourage you to do so" (Rick)

The IOU Project 
From: the iou project  | Mar 23, 2011 
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ABOUT IOU PROJECT
The IOU Project produces unique, handmade apparel based on fabrics hand-woven in India. Because each textile is unique, we provide end buyers with the ability to trace the production process from finished goods right back to the weaver that hand-wove the fabric. The stories of how that item was created, of the people involved, of the customers who purchased them, are the essence of the e-commerce social network which The IOU Project has built as a meeting place for a community that shares our brand values of authenticity, transparency, uniqueness and both social and environmental responsibility.

The IOU Project questions about the sustainability and uniqueness of this activity encouraging artisans and communities to continue their ageold crafts... The aim of the “INVOLVED DESIGN” workshop is to explore innovative solutions to a problem faced by local craftsmen who produce the Lungi: during the rainy seasons their workplacee gets flooded and they cannot work for weeks.

Every day in the Indian region of Tamil Nadu a unique handmade two meters long fabric is designed and produced by local artisans : the Lungi.
What it is a Lungi?
The Lungi, also known as Sarong , is a traditional garment worn around the waist mainly in India. It is particularly popular in regions where the heat and humidity create an unpleasant climate for trousers. The genius of this garment is in its simplicity. Rectangles that wrap the body in a variety of ways, Lungis defy changes in size and body shape. This simplicity gives rise to a spectacular variety in textile design, inviting infinite elaboration of color and pattern, invented by the weavers using whatever threads they have available. It is endlessly adaptable and often reused once it is too threadbare to be worn as a Lungi any longer. Across India, old Lungis find new lives as pillows, pouches, ropes, lightweight blankets, hammocks for babies and more.

quinta-feira, 24 de março de 2011

… Lyz of the violet eyes!


Elizabeth Taylor
 (1932–2011)
Morreu ontem… talvez a última “star”…
Uma pequena lembrança de uma grande mulher!
Pelos desempenhos que nos ofereceu!
Pelas causas que abraçou!

Momentos…
O gigante
Bruscamente no Verão passado
Quem tem medo de Virgínia Woolf
Gata em Telhado de Zinco Quente
sugestão: abrir os dois clips em simultâneo
Absolutamente inesquecível!

domingo, 20 de março de 2011

… the Wall!

“The Wall”, o maior espectáculo de sempre concebido por uma banda rock, foi remontado, actualizado e politizado pelo seu criador, Roger Waters. Digressão mundial. O muro é "erguido" em Lisboa segunda e terça-feiras proxs.
(Expresso)

Recordar: Pink Floyd | The Wall | 1982
Filme | Drama/Musica
Uma estrela de rock perturbada, nos limiares da "loucura" e do seu isolamento.

Realizador | Alan Parker
Albúm musical e Screenplay | Roger Waters
Actores | Bob Geldof, Christine Hargreaves and James Laurenson

Pink Floyd The Wall | um filme metafórico, rico em simbologia e imagem, e dominado pela música dos Pink Floyd – The Wall | uma mistura de imagens reais e de animação. Roger Waters escreveu o guião e a música | as elaboradas cenas de animação são da autoria de Gerald Scarfe, cartonista e ilustrador, que retrata uma visão apocalítica dos bombardeamentos da Inglaterra durante a segunda Guerra mundial (ao som de "Goodbye Blue Sky").

sábado, 19 de março de 2011

… nos limiares!

LIMIAR
De João Silva
Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos (GTT-HJM)

Teatro Municipal de Almada
Sala Experimental
18 a 20 de Março de 2011
(estreia absoluta no TDMII, Nov 2009)

Um texto redigido a partir de discussões e conversas livres e criativas com os actores do GTT-HJM.

As permissas de partida (do programa):
- normalidade/anormalidade, ser normal ou não ser, o que é?
- há zonas limites que nos obrigam a aceitar ou a  sofrer o injusto, a rejeição?
- quem decide, o que impõe, quais os parâmetros das decisões que podem bloquear, alienar ou mesmo matar?

Limiar põe em cena as interrogações de personagens que procuram entender porque se arrisca, porque não se deve arriscar, e porque razão o risco é um afrodisíaco perigoso quando não controlado.

Um texto poderoso, de grande actualidade e com uma interpretação generosa, corajosa, empenhada... nos limiares…

“Estás louco? … e ouvimos os maxilares murmurarem… que anormalidade!”

quinta-feira, 17 de março de 2011

... a vida sem Química!

Já imaginou a vida do dia a dia sem Química?
Continuemos a celebrar o Ano Internacional da Química 2011.
SRP obrigado pela sugestão.

quarta-feira, 16 de março de 2011

… 30 ANOS DEPOIS!

Trinta anos depois da primeira edição, o autor de banda desenhada Victor Mesquita (VM) acaba de reeditar pela Gradiva a obra "Eternus 9 - Um filho do Cosmos", uma narrativa de ficção científica sobre a condição humana.
A primeira prancha de "Eternus 9" foi publicada em Abril de 1975 na revista Visão, que VM fundou e dirigiu, mas o álbum só seria publicado na íntegra pela editora Meribérica-Liber em 1979. A história centra-se na viagem cósmica de Eternus 9, um homem que "é ponto de partida e de chegada de todas as coisas", escolhido pelo telepata do templo de Kairos para procurar uma verdade universal. Publicado agora em 2009/2010.


A trilogia iniciada com Eternus 9 – Um Filho do Cosmos ficará concluída em breve com o título Cidadela 6 onde, segundo o autor, "encontraremos um universo de violência e denúncia dos aspectos mais crus que se vivem nas sociedades de hoje, onde se constatará que até os santos são humanos e, como tal, muitas vezes, saem dos limites da santidade".


VM foi o fundador e editor da mítica revista Visão a partir de 1973. A Visão marcou uma viragem da BD portuguesa. Nos anos 70s a organização e planeamento das pranchas era algo de incrivelmente novo. Depois de ter publicado alguma banda desenhada na África do Sul, encontrou seu próprio estilo e começou a fazer experiências. A sua primeira banda desenhada nesta nova linha foi uma biografia do herói lusitano Viriato que foi publicada em 1972 na revista Jacto. VM começou a desenhar Navegadores do Infinito no periódico "Cinéfilo". Desde o inicio que foi o principal dinamizador da revista Visão, onde explorou a multiplicidades do seu estilo, iniciando a publicação da obra que revolucionou a banda desenhada portuguesa. Também colaborou com a revista Expresso, onde criou uma homenagem ao escritor Hemingway em "O Homem que Não se chamava Hemingway".

Prémios - No ano de 2008, durante "Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora" VM recebeu o "Troféu Honra".

Guardados religiosamente os números da Revista Visão:
Nº1 (1 de Abril de 1975)
Nº2 (15 de Abril de 1975)
Nº3 (1 de Maio de 1975)
Nº4 (15 de Maio de 1975)
Nº5 (1 de Junho de 1975)

Álbuns de BD
- Eternus 9: um filho do cosmos, Victor Mesquita, 1a ed., Lisboa, Gradiva, 2008, ISBN 978-989-616-288-7 (Reedição)
- O Síndroma de Babel e outras estórias, Victor Mesquita, Câmara Municipal de Amadora, 1996, ISBN 972-8284-07-1
- Trilogia Com Tejo ao Fundo, Victor Mesquita, Ed ASA, 1995, ISBN 972-41-1685-9
- Eternus 9 - Um Filho do Cosmos, Victor Mesquita, Meribérica/Liber, 1979
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sábado, 12 de março de 2011

… a voz dos anjos…




… "this young singer with the tone of an angel and the virtuosity of the devil”…
revista La Terrasse (le portrait des Arts vivants en France)

Philippe Jaroussky é um contra-soprano invulgar. Começou como violinista, passou ao piano e acabou a cantar. E de que modo! Tem aquelas vozes raras em homens, com uma técnica de coloratura virtuosa (expressa nas vozes dos “castrati”) com interpretações que marcaram em cantatas e óperas, em particular do período barroco. Diplomou-se na Faculdade de Música do Conservatório de Paris. Formou um grupo (Artaserse) e colabora assíduamente com o Ensemble Matheus (dir. Jean-Christophe Spinosi) e L'Arpeggiata (dir. Christina Pluhar). Foi considerado "The Best Singer of the Year" - Echo Classic Awards, 2008.

Discografia (escolha de trabalhos recentes, cerca de 20)

- Antonio Vivaldi: Orlando furioso. Larmore, Lemieux, Cangemi. Ensemble Matheus, Jean-Christophe Spinosi. Naïve — Opus 111 (rec. June 2004, Eglise de Daoulas, Bretagne, France)
- Claudio Monteverdi: L'Orfeo. van Rensburg, Gerstenhaber, Thébault, Gerstenhaber, Gillot, Kaïque. La Grande Écurie, Jean-Claude Malgoire. Dynamic (rec. October 2004, Théâtre Municipal, Tourcoing, France)
- Solo recital: Antonio Vivaldi: Virtuoso cantatas. Ensemble Artaserse. Virgin Veritas (rec. October 2004, Chapelle des sœurs auxiliaires, Versailles, France)
- Solo recital: Vivaldi Heroes. Ensemble Matheus, Jean-Christophe Spinosi. Virgin Classics (rec. October 2006, Auditorium de l'Ecole Nationale de Musique, Brest, France)
- Solo recital: Carestini, the story of a castrati. Le Concert d'Astrée, Emmanuelle Haïm. Virgin Classics, 2007
- J. S. Bach: Magnificat — G. F. Handel: Dixit Dominus. Dessay, Deshayes, Spence, - Naouri. Le Concert d'Astrée, Emmanuelle Haïm. Virgin Classics, 2007
- Antonio Vivaldi: Nisi Dominus and Stabat Mater. Philippe Jaroussky, Lemieux. Ensemble Matheus, Jean-Christophe Spinosi. Naïve (rec. July 2007, Salle Surcouf, Brest (France))
- Solo recital: Opium - Mélodies françaises. Philippe Jaroussky, Jerôme Ducros. Virgin Classics, 2009. - songs by Debussy, Hahn, Fauré, César Franck, Massenet, Ernest Chausson, André Caplet, Saint-Saëns, Paul Dukas, Guillaume Lekeu, Cécile Chaminade, Gabriel Dupont, Vincent d'Indy.
- Solo recital: J. C. Bach Opera arias. Le Cercle de l'Harmonie, dir. Jérémie Rhorer Virgin. - awarded the Diapason d’Or de l’Année 2010 in France.
Solo recital: Caldara in Vienna (Forgotten Castrato Arias) Philippe Jaroussky / Concerto Köln, Emmanuelle Haïm, 2010
- Vivaldi Ercole sul Termodonte Diana Damrau, Vivica Genaux, Romina Basso, Patrizia Ciofi, Joyce DiDonato, Rolando Villazon, Philippe Jaroussky, Topi Lehtipuu, dir. Fabio Biondi, Europa Galante, Virgin Classics. 2011

References
"Philippe Jaroussky: "Je cherche la magie originelle du baroque"" (in French). L'Express. 2009-05-06.
http://www.stevedow.com.au/Default.aspx?id=479
http://www.c7m.co.uk.qbicinternet.com/artistdetail.asp?ID=42


Díficil não referir neste contexto o magnífico filme sobre "castratis"


Farinelli (1994)
http://www.imdb.com/video/screenplay/vi3986882841/
Realizador: Gérard Corbiau
Actores: Stefano Dionisi, Enrico Lo Verso and Elsa Zylberstein
Farinelli, nome artístico de  Carlo Broschi, um jovem cantor nos tempos de Handel. Castrado quando era muito novo, de modo a preservar a sua voz.  Teve uma carreira fulgurante como cantor de ópera, carreira esta controlada pelo seu irmão Riccardo.
Vozes: Ewa Mallas Godlewska soprano e Derek Lee Ragin contra-tenor.

Jaroussky and Farinelli: cena "Cara Sposa" (Handel)
Cena do filme, também cantado por Cecília Bartoli e nestas imagens agora cantado por Jaroussky




Em SACRIFICIUM, Cecília Bartoli cantou/falou do sacrifício de centenas de milhares de rapazes (em nome da música). Como sempre uma obra inultrapassável.
Il Giardino Armonico, Giovanni Antonini (Decca, 2009).

quinta-feira, 10 de março de 2011

ciência… quem vai ser o sexto gigante???

Aos Ombros de Gigantes












Stephen Hawking
Texto Editora
Tradução | H. B. Rocha e L. H. Moriconi
Coordenação Científica | Carlos Fiolhais
(LER)
Newton escreveu um dia que se conseguiu ver ao longe (falava de óptica) era porque estava aos ombros de gigantes, invocando Galileu e Kepler. Estes também tinham subido aos ombros de outro gigante: Copérnico,  o primeiro a concluir que os planetas e o Sol não giravam em torno da Terra. Como numa pirâmide, o saber contrói-se por “andares”. A obra de Newton acontece porque se apoia nos trabalhos dos antecessores. A “lei da gravitação universal" usa as observações de Galileu e as leis de Kepler. Mais tarde, as teorias de Einstein sobre a “relatividade restrita e geral” são baseadas na mecânica de Newton.  

Quem vai ser o sexto gigante?
Quem vai subir aos ombros de Einstein?

quinta-feira, 3 de março de 2011

...you taste like a song...

Um disco muito bonito para ouvir com calma.
Apresentado 18 de Fev - Culturgest
Julio Resende e TRIO - YOU TASTE LIKE A SONG
Piano Júlio Resende | Contrabaixo Matt Penman  | Bateria Joel Silva
"Um jazz de forte pendor lírico e ao mesmo tempo actual, como o de Júlio Resende, pede o envolvimento de músicos que tenham uma percepção contemporânea do uso da melodia e da introspecção exploratória dos temas, mas que ao mesmo tempo apresentem alguma crueza e simplicidade de processos. Com este novo disco, You taste like a song, Resende, que é já um dos mais notáveis pianistas do jazz nacional, juntando-se a Bernardo Sassetti, Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva, cumpre um dos maiores desafios de qualquer pianista, o trio piano-contrabaixo-bateria, que tantas e incríveis formações deu a conhecer ao Jazz, como Bill Evans com Scott LaFaro e Paul Motian e continuado por Keith Jarrett com Gary Peacock e Jack DeJohnette. Mas o trio de Júlio Resende tem contornos muito próprios e completamente derivados dos muitos universos musicais que Resende conhece, do jazz ao rock. Deste trio poder-se-á esperar uma dimensão melódica bem desenhada, um balanceamento agitado e groovy, improvisações livres, até audazes, e uma procura da beleza que é claramente de influência clássica."