quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

um dos bons filmes de 2020

Não foi um ano de muitas visualizações nos grandes écrans...

Mas este ficará na memória...

MALMKROG, Cristi Puiu

Todo filmado em interiores, falado principalmente num francês apurado, uma longa e palavrosa discussão entre aristrocatas russos (quase um manual de filosofia) sobre as visões do final do século 19 em volta de religião, guerra e bem contra o mal... O tema europeísmo é excelentemente desenvolvido.
Excelentes encruzamentos com as cenas domésticas e alguma premonição da revolução russa que viria...
Um grande risco cinematográfico muito bem sucedido. *****
Um filme prejudicado pela situação pandémica... merecia melhores audiências






terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Luta desigual

Em setembro 18 2020, morreu Ruth Bader Ginsburg, a segunda mulher juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos apontada por Bill Cliton (96 votos a favor em 100, em 1993). Uma figura icónica pela defesa da igualdade de género e liberdades individuais.

O filme “On the Basis of Sex” (Uma Luta Desigual), um filme biográfico de 2018 baseado na vida e casos iniciais de Ginsburg (período de 1970), realizado por Mimi Leder e guião de Daniel Stiepleman, com Felicity Jones como Ginsburg, descrevem bem os tempos difíceis, antes da nomeação para o Supremo.







um filme curto...

Em 2019, escrevi um pequeno livro de Contos Breves (11+1). 

António Abernú, Ator, Encenador, Formador, e Autor de textos para Teatro, escolheu um dos textos (ESPERO QUE SE ENCONTRE BEM) e realizou um pequeno filme. Obrigado António pela imaginação e amizade.

O filme faz parte do projeto cultura_online e foi divulgado a partir de setembro 2020 pela Biblioteca da FCT NOVA (instagram, facebook e webpage).


http://bibliotecaunl.blogspot.com/2020/09/contos-breves-filme.html

Enzymes for Solving Humankind´s Problems (2020)


"Enzymes for Solving Humankind's Problems" / Springer Book

English:

Title:

NOVA School of Science and Technology researchers edited a Book with Springer on "Enzymes for Solving Humankind's Problems"

Text:

José Moura, Isabel Moura and Luisa Maia (https://sites.fct.unl.pt/biologicalchemistryatfctunl) gathered several international and national renowned experts to put together a Book (https://www.springer.com/in/book/9783030583149) on how enzymes and artificial systems can be exploited to tackle key Humankind's challenges, including: climate change, carbon footprint and economy and carbon dioxide utilisation; nitrogen footprint and fixation and nitrous oxide mitigation; hydrogen production, fuel cells and energy from bacteria; biomass transformation and production of added-value compounds, as well as biosensors development. 

The collaboration and contribution of several colleagues from NOVA and other institutions were very fruitful and a matter of great pride.

More details about the Book can be found at 

https://www.springer.com/in/book/9783030583149

 

Portugês:


Título:


Investigadores da FCT NOVA editam Livro com a Springer sobre Enzimas para Resolver os Desafios da Humanidade ("Enzymes for Solving Humankind's Problems")

Texto:

José Moura, Isabel Moura e Luisa Maia (https://sites.fct.unl.pt/biologicalchemistryatfctunl) reuniram vários investigadores de renome, internacionais e nacionais, para editarem um Livro (https://www.springer.com/in/book/9783030583149) sobre como os enzimas e alguns sistemas artificias podem ser explorados para solucionar vários dos grandes desafios que a humanidade enfrenta actualmente, nomeadamente: alterações climáticas, "pegada" e economia de carbono e utilização de dióxido de carbono (CDU); "pegada" de azoto, fixação de azoto e mitigação do óxido nitroso; produção de hidrogénio, "células de combustível" e energia das bactérias; transformação de biomassa e produção de compostos de valor acrescentado; desenvolvimento de biossensores.

A colaboração e contribuição de vária(o)s colegas da NOVA e outras instituições foram muito produtivas e motivo de grande orgulho. 

Mais detalhes sobre este Livro podem ser encontrados  em https://www.springer.com/in/book/9783030583149




A SOLIDÃO E A PANDEMIA

 A SOLIDÃO E A PANDEMIA


Oito meses passados – e depois de muita discussão em torno dos prós e contras do...


TELETRABALHO ...

... inovadora forma de trabalhar!

... UNS ACEITAM BEM, OUTROS NÃO...


Variadas análises psico-sociológicos indicam que devemos estar atento e não descurar os efeitos adversos que mais uma temporada - sem data de fim anunciada - fora dos escritórios físicos terá nos teletrabalhadores "e já para não falar nas empresas que decidiram adoptar este modelo por um longo período de tempo – como são exemplo o Facebook e o Twitter – ou até para sempre. "


"Afinal, trabalhar a partir de casa não é, para muitos indivíduos, a realização de um sonho há muito desejado, mas antes um pesadelo com contornos variados e no qual se destaca um sentimento comum: a solidão."


Ainda saberemos conversar – comunicar olhos nos olhos daqui a uns tempos?




Adeus / Cruzeiros Seixas e Eduardo Lourenço

Partiram em fim de 2020 dois grandes vuosa da nossa cultura.


CRUZEIRO SEIXAS

um dos nomes fundamentais do surrealismo em Portugal, morreu em fim de 2020, aos 99 anos, em Lisboa

autor de um vasto trabalho de desenho e pintura, poesia, escultura e objectos/escultura


Em dezembro, uma magnífica exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes.Grande relevo aos Cadavre Exquis... Seixas em forte interação com surrealistas portugueses: Fernando José Francisco, Cesariny, Gabriel Garcia, Benjamim, Alfredo Luz, e até Paula Rego e mesmo Valter Hugo Mãe. O filme que acompanhava a exposição é por si só digno de menção honrosa... adicionando muita informação e detalhes sobre Seixas, Cesariny e o aparecimento e queda do grupo surreealista em Portugal.





EDUARDO LOURENÇO 

o grande pensador 

do sublime

"Labirinto da Saudade"

um filme que quase retrata a sua imensidão intelectual 

RTP2 ou RTPplay

https://www.rtp.pt/programa/tv/p39807?fbclid=IwAR1FwnP04icUBh1UdinyNr3NUyRrbnryEjZXQmsWO2zc3TECg3nKjaVmJn0


Ser otimista ou não...

Gostava de ser otimista.

Quero ser otimisma!


em princípio de dezembro 2020, data deste texto...


A situação é muito, muito grave. Números são alarmantes e nem todos estamos a ter consciência do que se está a passar no País. Não se pode deixar de falar sobre e espalhar a preocupação aos sete ventos... aos familiares, aos amigos, aos conhecidos, ao papagaio e ao periquito. Está nas nossas mãos, mesmo, a imposição daquelas medidas que podem conter a transmissão: manter as distâncias, evitar contactos próximos, higiene de mãos e respiratória, evitar ajuntamentos, fazer “confinamento voluntário” qd possível e a máscara absolutamente e sempre (e ainda cerca de 40% não usam ...). 

Proteger-nos e proteger os outros é um dever. 


A vacina é uma promessa (um percurso ainda longo a percorrer e quando chegar não é para todos de imediato). Antevejo que, pelo menos, mais um ano vai ser assim... 

Como vamos aguentar a situação e que danos nos vai causar? Não quero agora falar nos económicos que sabemos (ou melhor não sabemos) quais as dimensões que vão ser atingidas. O agravamento das situações de grande carência vai aumentar em muitas camadas da população. Isto da saúde e da economia é mesmo um pau de dois bicos.


E nós?... as relações humanas, os olhos nos olhos, os abraços, os beijos? O estar, o conversar, o sentar à mesa num jantar, num café... tão difícil agora, tão pouco relaxante, sentimos medo dum descuido, de um passo impensado, a gratuidade e fatalidade de um acaso...

Mas quero ser otimista ... tenho de ser otimista... não quero ter medo, não quero deixar de fazer algumas das coisas que gostava... ir a um cinema, um espetáculo, um museu... a cultura é segura... ver os amigos em pequeno número de cada vez, ao ar livre numa esplanada, à distância segura com máscara... mas ouvi-los e ter contacto visual (os olhos dizem tanto)... e estarmos, estarmos...

Impor a nós mesmo uma força interior e manter aqueles atos que são humanos para que daqui a um ano ainda possamos dizer ... assim somos... cá estamos!


for the records 

em dezembro de 2020 a vacinação iniciou-se ... Pfizer e AstraZeneca (Oxford).





 

 

a noite é boa conselheira ?

 As inspirações noturnas


O sono é um processo reparador e misterioso.... 

... pode ser tranquilo, ou de grande efervescência (sonhos e pesadelos). 

Também um processo em que se visitam muitos recônditos do consciente perdido no subconsciente. 


Todos esses dados armazenados (conscientes ou inconscientes) são muitas vezes entrançados, enredados, trabalhados e quantas vezes ao acordar, resultam em algo com sentido que corre o risco de se evanescer se não forem registados. Acontece-me muitas vezes, e por isso tenho pressa de passar essas “inspirações” noturnas para tape ou folha branca. E é uma urgência. 


... Vale o que vale !



NOBEL e as MULHERES / 2020

em 2020 estes grandes prémios trouxeram nomes de mulheres notáveis...

nem sempre tem sido assim... 

dezasseis mulheres receberam o Nobel de Literatura, mais que qualquer outro Prémio Nobel.

A poeta norte-americana Louise Glück venceu o Prémio Nobel da Literatura 2020, anunciou, esta quinta-feira, a Academia Sueca. O júri atribuiu o galardão a Glück, de 77 anos, para assinalar a sua "voz poética inconfundível, que com beleza austera, faz universal a existência individual".nte a viver em Cambridge, Massachussetts (EUA), é também professora de Inglês na Universidade de Yale".

O Prémio Nobel da Química 2020 foi atribuído a Emmanuelle Charpentier (francesa, 51 anos, Diretora do Max Planck Inst of Biology, Berlim) e Jennifer A. Doudna (USA, 56 anos, Professora UC, Berkeley) pelo "development of a method for genome editing."

 

Pritzker Prize em honra das laureadas de 2020 (Yvonne Farrell e Shelley Mcnamara (equivalente ao Prémio Nobel para a Arquitetura).


https://www.archdaily.com/949085/pritzker-prize-releases-video-to-honor-2020-laureates-yvonne-farrell-and-shelley-mcnamara?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20List&kth=5%2C016%2C906&fbclid=IwAR0kHWDb7c-jRPXWU94cjKyPKrvInU2etYTpYGDHV4TNMh37EjjQ4YVkHn8




 






The Last Picture Show

Premonição?

Adeus às salas de cinema?


Vários filmes refletem sobre a criação da sétima arte ou a extinção desta, uma triste ameaça em tempos de coronavírus.

Filmes que falavam do cinema, da evasão da realidade e da magia... mas também aqueles que já narravam o vazio que sentiriam os espectadores ao encerrarem salas e acontecerem mudanças de paradigma. 


Uma curta lista:

Sunset Boulevard, Billy Wilder (1951)

The Last Picture Show, Peter Bogdanovich (1971)

Cinema Paradiso, Giuseppe Tornatore (1988)

Ed Wood, Tim Burton (1994)


Penso que a lista de filmes que refletem sobre a criação do cinema ou a extinção deste em seu habitat seria muito longa.


Como diz Carlos Boyero, El País.. “é uma lista comovente ao ser recordada. Mas talvez tenhamos sorte e as salas escuras sobrevivam. Os náufragos e os sonhadores continuamos precisando delas.”


Premonições / Paralelismos



passado, quase presente e futuro


A literatura é contundente, acompanha os factos, descreve-os e faz antevisões. Daniel Defoe escreveu "O Diário do Ano da Peste" em 1720, mais de meio século depois da peste de 1665. Pretendia documentar um acontecimento verdadeiro, quase um manual de sobrevivência criando um elo entre o leitor e o protagonista. Albert Camus, em 1947, consegue descrever a resistência e a resiliência do ser humano durante a peste, e perceber o paralelismo entre a catástrofe e a necessidade das relações humanas. La Valla (A Muralha), Netflix, em episódios de ficção científica futurista descreve acontecimentos passados no futuro, 2045 Espanha (Madrid), não tão longe da nossa realidade, em que um regime ditatorial foi instalado, pela falta de recursos naturais e situação pandémica. A vida no campo tornou-se impossível e, na cidade, uma muralha divide a população entre os poderosos e o resto. 


Momentos que percorrem um espaço temporal com as mesmas preocupações. Não ficam de fora "1984" de Orwell (1949) ou "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury (1947). 


Como Kundera disse... “a vida é uma peça já em obra final, apresentada no palco inteiro sem regresso. Estamos como que atirados à permanente estreia.





a folha branca

As notas dispersas que aqui vão aparecendo têm sempre um início comum 

A folha A4

Folhas DIN A4

Papel especialmente indicado para uso em ambas as faces , em manuscritos, dactilografia, em impressora de jacto de tinta ou laser e para escritórios ou fotocopiadoras.

Apresentação : Pacote de 500 unidades

Qualidade : Papel branco de 80 gramas

Dimensões : 210 x 297 mm


Uma folha A4 é um suporte único que ultrapassa qualquer écran, computador, tablet, etc. Um desafio esta folha verdadeiramente branca, o terrível síndrome de que se vai ou não começar algo... não permite “cut and paste” ... quem lá escreve tem de ser assertivo, preciso e saber ao que vai... pode-se riscar, apagar com borracha ou corretor, mas isso é fazer batota... escrever sem parar é o que vale... depois das ideias estarem bem arrumadas no “computador central”.

Bom trabalho na paisagem branca, sem temores nem arrependimentos ... preenchendo o vazio... mas esta parte é o deleite de quem salta a barreira... e em geral tem um final feliz!

2020 quase 2021

A todos os AMIGOS que aqui "aterram" neste blog, com quem partilhamos os mais diversos assuntos, trocamos opiniões, "conversamos" e mantemos os assuntos em dia, desejo o melhor NATAL possível e um ano de 2021 diferente e esperançoso.

Com amizade.


Neste dias de final de ano vamos recolher alguns textos que apareceram no facebook e que de algum modo expressam este tempos conturbados. Obg.