sexta-feira, 8 de maio de 2020

A ARDÓSIA DA COZINHA / COVID

Na parede da minha cozinha há uma parede que funciona como um quadro de ardósia.
Os conteúdos vão variando, desenhados a giz.
COVID-19 tinha de ocupar os espaço para lembrar que existe e está por cá ainda muito tempo...


                               (Carlos Farinha foi motivador!)

Arte às "Riscas"


Nos momentos livres, seguindo a linha de pensamento que de médicos, (pintores) e loucos todos temos um pouco, e nas minhas tentativas de pintar... o tema das "riscas" deu origem a várias obras que me ocuparam muito tempo.




Os Espectros de Emissão dos Elementos fora a motivação.
Uma correlação Arte e Ciência.

A magia que alcançam os espectros de emissão dos elementos igualam as cores de Rothko, Matisse e Giott, não falando nos ocres de Altamira ou a luminosidade de Rembrand
Balcells 

Alguma equação química (ou fisica) guarda a memória esquecida das origens.
Cortazár

O espectro de emissão de um elemento químico é um conjunto de frequências de radiação electromagnética emitidas pelos electrões de um átomo quando regresssam ao estado fundamental de energia.
Cada emissão de um elemento é única (uma impressão digital) permitindo identificações especificas. 

A Equação (de Schrodinger) está sub-adjacente...

Ver espectros de emissão em

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Desafio COVID-19

A Biblioteca da FCT NOVA, em tempos de COVID, publicou de modo virtual uma pequena/grande exposição de arte (virtual)
Um desafio de partilha de desenhos dos tempos de quarentena.
"os nossos artistas"
esquerda para a direita, de cima para baixo
Ana Jacinto Nunes / Filipe Romão / Ana Vidigal / Caudia Piscitelli / José Moura / Josefa Reis / Carmen Ramalho / Marcio Clochet / Paula Sebastião / Lourdes Afonso / Joana Santos / Joana Martins / João Silva / Carlos Farinha / Isabel Esteves



domingo, 3 de maio de 2020

... ficção !

No tempo em que o vírus acabou...

Todos passámos pela experiência de viver um sonho (ou um pesadelo), que nos impressionou. Mas ao acordar, passados 5-10 mins, é difícil reproduzir os acontecimentos de um modo detalhado e acabam no esquecimento. Hoje foi uma dessas noites visitadas por um bom sonho, e neste caso, assim como nas ideias repentinas, gravar de imediato o momento vivido, por palavras no telemóvel (mesmo às 6am), pode ser a solução para conservar um registo.

O sonho falava no tempo em que o vírus acabou... e a cidade comemorou o final deste período inaudito... a cidade estava em festa e engalanada, todos queriam comemorar com todos, uma grande sede de abraços, beijos, de conversas a menos de 2m... o reencontro com aqueles que tanto gostávamos e com aqueles que não tanto.
No tempo em que o vírus acabou, houve música, muita música e dançámos... e comemos e bebemos. Trocámos flores, mas não eram cravos, eram todas as flores com todas as cores, um 1º de Maio renovado. Houve teatro e cinema à noite. O medo e a solidão partiram.
No tempo em que o vírus acabou... não queríamos mais lembrar o que se tinha passado. Queríamos acreditar (e tínhamos de acreditar) que o futuro ia ser melhor, mas diferente, a vida não seria igual, mas ia ser VIDA.
No tempo em que o vírus acabou... lembrámos os que tinham partido, os nossos e os outros. Cantámos até a garganta doer: a “Marselhesa”, a “Bella Ciao”... e as nossas canções... e a línguas, faladas pela multidão, tinham-se fundido numa Babel entendível.
No tempo em que o vírus acabou... vai acontecer!