segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

... noite de ... e antes dos Óscares...

Este ano, 3 nomeações trazem interpretações que envolvem imitações, criação de personagem, algumas delas muito públicas. 
Uma coincidencia...

3 Filmes
3 Actrizes
3 Interpretações incríveis
3 Composições de Figuras

Meryl Street – Margaret Thatcher
The Iron Lady
Realizador: Phyllida Lloyd           
Glenn Close
Albert Nobbs (um homem)
Realizador: Rodrigo García
Michelle Wiiliams – Marylin Monroe
A Week with Marylin
Realizador: Simon Curtis

Não sei quem vai ter o “boneco”.
Merecem todas!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

... Happy Birthday Mr. Dickens...


Charles John Houffman DICKENS
200 ANOS
7 de Fev 1812

Um dos nomes essenciais sobre o qual gira o romance universal.
Comemorações desdobram-se por todo mundo.

Traduções recentes
O Guinéu da Órfã
Estrofes e Versos, 2009
Os Cadernos de Pickwick
Tinta-da-china, 2009
David Copperfield
Relógio de Água, 2011
Our Mutual Friends
Relógio de Água, no prelo, 2012

domingo, 19 de fevereiro de 2012

... o encontro impossível...


DOCTOR FEELGOOD (*)
Tennessee Williams & Egas Moniz

The Lisbon Players – Fev 2012 – Estrela Hall – Lisboa
por Armando Nascimento Rosa
estreia mundial
tradução para ingles: Alex Ladd
director: Keith Esher Davis


Num hospital em St. Louis, 1969, Tennessee Williams, o autor de A Streetcar Named Desire, tenta ultrapassar problemas relacionados com o abuso de droga e álcool.
A fronteira entre a alucinação e a realidade desvanece-se, e o autor é visitado por um número de fantasmas do passado, incluindo sua irmã Rose, o amante (Frank Merlo) e a ama, e outros (figuras históricas e ficcionais das suas próprias peças), num ambiente de New Orleans e Jazz (para onde as alucinações o transportam).
O texto desta nova peça de Armando Rosa (Professor do Instituto Superior de Teatro e Cinema do IPL) é bem estruturada e prende o público durante 1h 30 min. O espectáculo desenvolve-se num espaço com poucos meios e um certo ar amador, mas muito desafiante e salutar.
Pontos interessantes:
- Rose, a irmã, tinha sofrido uma operação de lobotomia, que deixou marcas profundas, transformando-a num ser infantil e apático. Ponto de charneira para a relação com Egas Moniz, e motivação para a peça Sundenly last Summer (escrita após a morte de Egas Moniz).
- O diálogo imaginado entre Egas Moniz e Tennesee Willimas é muito revelador e esclarecedor de toda a problemática da técnica da lobotomia (e abuso de utilização nos EUAs) e do posicionamento do Prémio Nobel.
- Trazer Blanche Dubois (A Streetcar Named Desire) como visita imaginada é genial, onde a personagem pede para que seja escrita uma nova peça, onde se desenvolva o que vai ser o seu futuro deixado no vácuo pela ficção de Tennessee Williams. O futuro pode ser reinventado...
Uma peça que poderia ser representada em português, em qualquer sala, com grande interesse para os espectadores nacionais.
The Lisbon Players – Teatro em inglês em Lisboa há 65 anos. 
Impressionante o programa de qualidade desenvolvido (grandes peças teatrais foram encenadas).
Em breve: The Provoked Wife (Abril) e A Midsummer Night´s Dream (Maio).


(*) O nome da peça deriva da alcunha de um médico (Max Jacobson) e fornecedor de drogas a ricos e famosos (JF Kennedy, Truman Capote, Anthony Quinn, entre outros).
......
Canção homónima de Aretha Flanklin
Don´t send me no doctor
Feel me up with all those pills
I got me a man named Doctor Fellgoog
That man takes care of all my pains and ills
......

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Corantes, música e escultura...

The GIFT presentearam-nos com EXPLODE... um albúm que jogou com uma imagem forte com cores muito vivas trazidas de rituais e corantes da Índia.

Paulo Neves (escultor) usa corantes das mesmas terras distantes para impregnar madeira com resultados inesperados.
                                                                              Índia (Paulo Neves)
Um mundo de cores exóticas.

Paulo Neves expõe na Biblioteca da FCT|UNL, Campus de Caparica.
MEANDROS - Esculturas de Madeira
entre Março 15 e Maio 17 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

... naquele engano de alma ledo e cego...

“Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett
no Teatro D. Maria II | 9 a 19 Fev´12

Esta coprodução da Among Others Associação e o Teatro Garagem tenta juntar, em simultâneo, o texto de Garrett e a ficção que Diogo Bento e Inês Vaz. O espectáculo mostra a pertinência dessa combinação e a actualidade do texto: como servir os desígnios de Garrett e coordenar com os princípios criativos da proposta. Um espectáculo apelativo.

Nós queremos amor, queremos amor que nos faça tremer da cabeça aos pés e que nos tire o sono, queremos vida ou morte, queremos sangue, duelos, convicções, lutas, ideais, queremos ultrarromantismo, pores do sol, mar bravo e campos de batalha cobertos de corpos, queremos ter força para mudar o mundo e fingir que acreditamos que tudo é possível e que o futuro é tudo o que nos espera...

Mesmo sabendo que a Maria morre e que os outros ficam sozinhos ou vão para o convento, mesmo sabendo que não vai dar certo, mesmo sabendo que a vinda do Romeiro é inevitável, mesmo sabendo que não há salvação para ninguém e que é preciso haver um bode expiatório, nós vamos continuar.
É mais ou menos como um pensamento esquizofrénico que nos guia quando acreditamos que não é possível e que não depende de nós e, mesmo assim, fazemos tudo com a mesma convicção, ou até mais, para que aconteça. Neste caso, para que a Maria não morra sozinha a cuspir sangue. Porque, até lá chegarmos, tudo pode mudar. Porque, na verdade, tudo tem em si a potência para ser tudo e para mudar.

criação Diogo Bento, Inês Vaz 

desenho de luz Joana Galeano

desenho de tela Miguel Boneville
interpretação Diogo Bento, Inês Vaz, Elisabete Fragoso

Acto I
Madalena (só, repetindo maquinalmente e devagar o que acaba de ler)
"Naquele engano de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito".
Com paz e alegria d´alma... um engano, um engano de poucos instantes que seja... deve ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

... basta um olhar!

Depois do sucesso do "O Artista" não podemos esquecer outro fime, mesmo tema…

Sunset Blvd. (1950)
110 min | Drama | Film-Noir |11 Maio 1951 (Portugal)

Realizador: Billy Wilder
Actores: William Holden, Gloria Swanson e Erich von Stroheim
Uma estrela (Norman Desmon) no verge de transição do mudo para o sonoro. Um olhar era tudo, para quê o som?… É o que diz esta fabulosa canção e o poema…




WITH ONE LOOK Lyrics  - NORMA
They don't want me any more,
They all say I'm through
Well it's time they knew...
With one look
I can break your heart
With one look
I play every part
I can make your sad heart sing
With one look you'll know
All you need to know.
With one smile
I'm the girl next door
Or the love that you've hungered for
When I speak it's with my soul
I can play any role
No words can tell
The stories my eyes tell
Watch me when I frown
You can't write that down
You know wI'm right
It's there in black and white
When I look your way
You'll hear what I say.
............

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

... nada se perde...

Lavoisier
pintado por Mademoiselle Brossard-Beaulieu (colecção privada)

Antoine Laurent Lavoisier - um homem multifacetado - químico, economista, e um funcionário público. Descobriu o papel do oxigénio na combustão, pioneiro em estudos sobre oxigénio, pólvora e a composição química da água. Em 1789 as suas teorias foram publicadas no "Traité elementaire de chimie". As ilustrações foram criadas por Mme Lavoisier que foi aluna do grande pintor David. Foi guilhotinado durante o período da revolução.


Antoine -Laurent Lavoisier (1743–1794)
A esposa (Marie-Anne-Pierrette Paulze, 1758–1836)
Pintor Jacques-Louis David  (Francês, Paris 1748–1825 Bruxelas)

Este é um dos grandes quadros do sec.XVIII pintado por David (Mestre de Mme Lavoisier) – o expoente máximo do classicismo francês.





Duas publicações apareceram recentemente sobre Lavoisier, em Portugal, preenchendo uma lacuna deveras embaraçante…
Manifesto para uma NOVA QUÍMICA – 24 Nov 2011
Tradução do Discurso Preliminar do Tratado Elementar de Química
Antoine Laurent Lavoisier
Por Palmira Fontes da Costa
Ruptura e Persuasão: Lavoisier e a Nova Química
Notícia Biográfica Mme. Lavoisier
Bibliografia  sobre Lavoisier
Bibliografia sobre Mme. Lavoisier

Do Prefácio
… a  dedicação de Lavoisier à química e à vida pública manifestou-se em múltiplas vertentes. Incluiu não só estudos sobre os gases e a combustão, a noção de  elemento e a nomenclatura química, como também sobre a respiração, a transpiração e o calor animal, a higiene, a  mineralogia, a meteorologia, a agricultura, a reforma ensino e do sistema métrico e ainda sobre a economia política. As contribuições da química para o bem-estar da humanidade, tema central deste ano internacional, foram desde muito cedo uma das suas preocupações. Delas nos dá conta a Notícia  Biográfica da autoria de Mme. Lavoisier  também apresentada neste livro. A relação ente os dois foi estreita e marcada pela colaboração, cumplicidade  e respeito mútuo.

Palmira Fontes da Costa é doutorada em História da Ciência pela Universidade de Cambridge, Grã-Bretanha (2000) e professora de Historiografia, de História da Ciência e  de Bioética na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. É autora de vários artigos sobre história da ciência em revistas prestigiadas da especialidade. Publicou o livro The Singular and the Making of Knowledge at the Royal Society of London in the Eighteenth Century (Cambridge Scholars Publishing, 2009) e editou os livros Ciência e Bioarte: Encruzilhadas e Desafios Éticos (Caleidoscópio, 2007) e O Corpo Insólito: Dissertações sobre Monstros no Portugal do século XVIII  (Porto Editora, 2005). É também co-editora de Corpo, Poesia e Afecto em Albrecht von Haller (Colibri, 2009).
www.biblioteca.fct.unl.pt

Manifesto para uma Nova Química apresenta um dos textos que marcou o esforço de renovação desta disciplina nos finais do século XVIII. O Discurso Preliminar do Tratado Elementar de Química (1789) de Antoine Laurent Lavoisier, cuja tradução para a língua portuguesa é apresentada neste volume, constituiu-se como uma declaração de princípios para uma nova forma de ensinar, entender e praticar esta disciplina. Neste documento emblemático e inaugural, Lavoisier procede a uma apologia da ruptura  com a tradição e convida os jovens a associar-se ao seu projecto de reconstrução da química. O volume incluiu também um ensaio introdutório que contextualiza o papel de Lavoisier na história da química e assinala a dinâmica criativa  e social do seu contributo.  O conhecimento do homem e da sua obra é ainda complementado com um esboço biográfico da autoria da própria Madame Lavoisier, também ele até aqui inédito na língua portuguesa.


TRATADO ELEMENTAR DE QUÍMICA – SPQ – Fev 09, 2012
No Ano Internacional da Química e no âmbito das comemorações do Centenário da SPQ, é publicada a tradução portuguesa do Tratado Elementar de Química de Antoine-Laurent Lavoisier (1789), com apoio do Grupo de História da Química. Os sócios da SPQ beneficiarão de um preço reduzido, que será no total dos dois volumes de 20 euros (não sócios: 25 euros).

sábado, 4 de fevereiro de 2012

... uma ilha de encantos...

A Ilha Encantada
The Enchanted Island
Nova produção do MET
MET HD / Europe Fev 4 / FCG 18h

O que é esta Ilha Encantada? Reminescente de um género denominado pastiche, os autores recriaram uma ópera com peças bem conhecidas do barroco, re-escrevendo toda uma história com base em ideias de Shakespeare. Nomes bem sonantes trasnportam-nos e “make believe” esta fiérica produção. Para os muito conhecedores, pode às vezes haver um sentimento estranho de ver estas árias fora do seu contexto habitual.

In one extraordinary new work, lovers of Baroque opera have it all: the world’s best singers, glorious music of the Baroque masters, and a story drawn from Shakespeare. In The Enchanted Island, the lovers from Shakespeare’s A Midsummer Night’s Dream are shipwrecked on his other-worldly island of The Tempest. Inspired by the musical pastiches and masques of the 18th century, the work showcases arias and ensembles by Handel, Vivaldi, Rameau, and others, and a new libretto devised and written by Jeremy Sams. Eminent conductor William Christie leads an all-star cast with David Daniels (Prospero) and Joyce DiDonato (Sycorax), Plácido Domingo as Neptune, Danielle de Niese as Ariel, and Luca Pisaroni as Caliban. Lisette Oropesa and Anthony Roth Costanzo play Miranda and Ferdinand. The dazzling production is directed and designed by Phelim McDermott and Julian Crouch.
Enchanted Island - Plácido Domingo | Neptune

Enchanted Island