quinta-feira, 26 de março de 2020

COMUNICAR em SOLIDÃO

O TELEVÍRUS

Quando ficámos em casa, para o nosso bem e o bem de todos, a solidão instalou-se, isolados do mundo. De imediato a internet (e relacionados) foi o modo de colmatar essa quebra e restabelecer ligações. Mas falta aquele contacto pessoal que só a voz nos dá, quando dominando o contacto, carregando com ela todo o leque de emoções e reações, sem distrações trazidos pelos outros visuais. Por isso Cocteau (ajudado por Poulenc) escreveu esse texto paradigmático: A VOZ HUMANA. 

Ao fim da tarde, em geral, pego no telefone (e em tempo de vírus) vou falando diariamente com amigos, para os ouvir, saber como estão, sentir o seu pulsar. Assim foi criado o TELEVÍRUS. São conversas curtas ou longas, trazem notícias, detalhes do dia a dia de clausura e sentimentos vários. Sinto que muitos, os mais sozinhos, acham a ideia reconfortante. Eu acho! 
Hoje, uma amiga, telefonou-me e leu ao telefone 3 poemas curtas de sua autoria... que delícia. Que privilégio ter sido um dos escolhidos. Mais alguém a usar o Televírus. 


Não estou só. Não estamos só. 
Contagiem-se !

Em breve (2021) estrei nos cinemas a VOZ HUMANA com realização de Almodóvar e interpretação de Tilda Swinton, um papel muito cobiçado em cinema. Almodóvar já abordara este tema em TUDO SOBRE MINHA MÃE. 







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