quarta-feira, 6 de julho de 2011

… aberto o teatro, lembre-se o teatro…

A filandesa Sofi Oksanen escreveu uma peça de teatro baseado em factos politicos e sociais, e sobre a vida das mulheres na recente libertada Estónia (restaurada a República em1991) – a PURGA deu depois origem a um texto de ficção de grande sucesso…
Estónia…  país milenar, invadido, sacrificado, usado e destruído ao longo dos tempos, em particular pelos russos na última fase…
O Teatro Aberto – TA (pela mão de João Lourenço e Vera San Payo de Lemos) expõe, em cena, todo o terror das polícias políticas e do esquecimento dos direitos do homem… só por isto vale a pena (re)conhecer estes factos, às vezes perdidos nas brumas da história…

No foyer do TA uma retrospectiva (em formas de painéis), muito bem conseguida, do Brecht que passou pela companhia do TA – bom relembrar momentos magníficos que partilharam e partilhámos … “ver” o saudoso Mário Viegas e lembrar a Irene Cruz em múltiplas facetas…
Brecht revisitado – sempre mordaz, sempre actual… metafórico, realista, desafiante, alertante… julgando o homem e reabilitando-o!

“o melhor será não termos ilusões, o homem vive só de más acções”
“terrível a tentação da bondade”
“primeiro o pão, depois venha a moral”
“o que é um assalto a um banco comparado com a fundação de um banco?”
“sem aguardente não há poesia”
“terrível é o tufão, mais terrível ainda um furacão, mas mais terrível de tudo é o homem” 

Bertolt Brecht no TA

1975 | as espingardas da mãe carrar
1978 | o círculo de giz caucasiano
1980 | baal
1984 | a boa pessoa de setzuan
1985 | ascensão e queda da cidade de mahagonny (no TNSC)
1986 | mãe coragem e seus filhos
1998 | o mar é azul
1989 | happy end
2005 | ópera dos 3 vinténs
2006 | gallileu
2010| o sr. puntilla e seu criado matti


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