sexta-feira, 14 de outubro de 2011

… ado(p)tar o acordo?

Adoptar           adotar
peremptório    perentório
heroíco           heroico
co-réu             corréu
facção             fação
acta                ata
lêem               leem

A língua falada (e por consequência a escrita) é viva, adaptável, em contínua renovação e repleta de infiltrações a estímulos exteriores. É portanto natural que vá evoluindo e sofrendo alterações. O português dos Açores mostra bem a “protecção” geográfica da língua lá falada, e os irmãos brasileiros são um bom exemplo da “permissividade” e abertura do português lá pronunciado. 
Nada contra a (r)evolução, se motivada por boas causas e razões. Difícil de entender a foneticalidade adoptada, a queda de muitas consoantes que abriam a vogais (redacção, facto…), e algumas incompreeensíveis mesmo (Egito e egipcio, nos novos tempos…). Em particula, é penalizante perder-se a origem da evolução semântica e a relação às raízes (por exemplo do latim). Mas se tem de ser lá será… se não estávamos a escrever ainda mãi e pharmácia…
(este texto ainda não está escrito ao abrigo do acordo)

Recentemente, no Jornal de letras, Fernando Venâncio fez uma “chalaça” usando um texto que mostra bem as dificuldades futuras. Seremos diferentes e pronunciaremos diferente. E às vezes vai ser complicado.
Afinal somos como um rio, e a água que corre nunca é a mesma…

“A secretaria esta hoje doente, disse o chefe da secretaria. Eu ultimo a agenda, e você… secretaria? Seria uma solução. Seria e pratica. Pois, você quanto mais pratica, melhor. Pratica e eficiente, ajuntou, pousando a pasta aos pés da secretaria. Incomodo? Nenhum, disse ela. Duvidas ? Muitas, disse ele, e continuas. Ainda assim publicas… Sim, sem estimulo publico. E claro, estimulo o publico. Mas sobre isto silencio”

Sem comentários:

Enviar um comentário