sábado, 1 de outubro de 2011

... o talentoso Mr. Stephen Hough!

No dia da música ....


"THE MOST PERFECT PIANO PLAYING CONCEIVABLE"
The Guardian
"A VIRTUOSO WHO BEGINS WHERE OTHERS LEAVE OFF"
Washington Post
“NOUVEAU MAGICIEN DE CHOPIN”
Diapason

Biography|Recordings|Performances|Press|Photographs|Writings|Compositions|Contact|Blog

Um músico com uma visão artística que transcende modas e tendências. Stephen Hough (SH) é considerado, hoje em dia, um dos pianistas mais importantes da sua geração. Distinguido com o prestigiado MacArthur Fellowship (2001), que o junta a cientistas, escritores e outros reconhecidos por contribuições únicas na vida contemporânea. SH tem aparecido acompanhado das maiores orquestras mundiais (Salzburg, Mostly Mozart, Aspen, Ravinia, Tanglewood, Blossom, Hollywood Bowl, Edinburgh, Aldeburgh e BBC Proms, New York e London Philarmonics, London, Chicago e San Francisco Symphonies, uma US-tour com a Orquestra Nacional da Rússia e a Berlin Philharmonic dirigida por Sir Simon Rattle. Presença constante no Royal Festival Hall, Carnegie Hall e com as orquestras de Pittsburgh, Madrid, Los Angeles, Budapest, Montreal, Houston, Gothenberg, Cleveland and Philadelphia, e muitas mais.

Publicou cerca de 50 CDs, muitos premiados pela Deutsche Schallplattenpreis, Diapason d’Or, Monde de la Musique, várias nomeações para os Grammy e oito Gramophone Magazine Awards, incluindo o ‘Record of the Year’ em 1996 e 2003, e o Gramophone ‘Gold Disc’ Award em 2008.
Stephen Hough é ainda um talentoso compositor e contribui com artigos de opinião para o Guardian, a Times e o Telegraph Media Group.

Stephen Hough-Chopin Piano Concerto No. 2, 2nd Movement
Stephen Hough plays Rachmaninov's Paganini Rhapsody

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

... crime ou castigo? Mozart e Salieri

do filme Amadeus  (Milos Forman): Tom Hulce (Mozart) and F. Murray Abraham (Salieri)


O boato está aí. Seja verdade ou mentira, é um bom exercício intelectual.
Publicado pela primeira vez em 1830, a “pequena tragédia” de Alexandre Pushkin, Mozart and Salieri, deu corpo a uma lenda que, ultrapassando o tempo, ganhou vida e credibilidade ao afirmar que Salieri envenenou Mozart.
Peter Shaffer partiu do texto de Pushkin para escrever uma obra teatral, representada em muitos palcos do mundo, e agora em cena no TDMII (8 Set-6 Nov) com direcção de Tim Carroll. A mesma peça foi também o ponto de partida para o oscarizado filme de Milos Forman, AMADEUS. O texto de Pushkin foi utilizado na íntegra como libretto de uma opera de Rimsky Korsakov apresentada em 1898.
(baseado texto TEIA)

Debate | Discussão | TEIA | Salieri e Mozart
11 Out 2011, 19h
Salão Nobre TDMII
Coordenadora: Cucha Carvalheira

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

...para ver e rever com tempo e calma...

Ashes and Snow
Gregory Colbert


Desde a estreia em Veneza, em 2002, mais de 10 milhões de pessoas visitaram Ashes and Snow, exposição de Gregory Colbert que reúne mais de 50 fotografias artísticas de grandes dimensões, uma longa-metragem de 60 minutos e duas curtas com inspiração na forma poética “haiku”. Ver LINK!


ashes and snow
Obg LADYBUG pela sugestão!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

… janela(S) indiscreta(S)… TEATRO

SATURDAY NIGHT (Teatro S.Luiz, Lx, 22 a 25 SET)
COMPANHIA TEATRAL EUROPEIA – Vanishing Point Co.
Duas actrizes portuguesas, dois belgas e uma escocesa, um encenador inglês que trabalha em Glasgow, todos juntos num projecto que começou a esboçar-se há um ano em Itália e agora estreia em Portugal. 

"Sábado à noite: sais… ficas em casa? Olhamos através das janelas de uma casa com jardim: quartos, pessoas… O que se passa, o que vemos sem dever, é um mistério que podemos reconstruir. Quem é aquele jovem casal que recentemente se mudou? O que é que ele está a fazer na casa de banho? De quem é aquela estranha presença, lá em cima? Saturday Night fala-nos dos ambientes que construímos para nós próprios e aos quais chamamos casa, dos sonhos que empreendemos, dos segredos que guardamos entre nós. 

Um modo de ver
Dentro de uma casa, há duas pessoas. Esta casa está montada num palco e nós, dos nossos postos de “espectadores emancipados”, vemos como a estranheza toma progressivamente conta daquilo que parecia familiar e, tanto quanto possível, feliz. Uma visão possível, talvez paradoxal, da ‘casa comum europeia’, espaço de singularidades e diversidade, mas também lugar de um destino partilhado. (programa)

Outro modo
O cenário mostra salas de apartamentos: sala de estar, casa de banho, quarto superior de outro apartamento. Uma grande parede de vidro separa e isola o espectador da cena. O espectador é mesmo "espectador"! Um casal entra e é notório que está em mudanças, acabado de chegar. Interacções circunstanciais: homem das mudanças, vizinha. Todo um imaginário, onírico, subconsciente é confrontado deixando á nossa interpretação onde pára a realidade e começa o não real: como se o espectador fosse um voyeur. Vês, mas não ouves. As pistas desdobram-se à tua frente. Qual é a tua versão da história?"  Hitchcock e Camus já nos lançaram semelhantes reptos. Em Rear Window, James Stewart e Grace Kelly adivinham, especulam e reinventam o que se passa no prédio vizinho. Camus, num belo conto, relata terriveis acontecimentos que se passam no prédio em frente ao dos observadores, relatos interpretativos e inventados que se descobre no final terem como objectivo enterter um idoso dificiente visual. 
Bons apontamentos musicais (ex. Anthony and The Johnsons). 

Onde se pode ter uma visualização do belo cenário, onde a peça de desenvolve.

Criação Vanishing Point
Concepção e Encenação Matthew Lenton
Cenário e Desenho de Luz Kai Fischer
Figurinos Leah Lovett
Dramaturgia Pamela Carter
Música e Desenho de Som Mark Melville
Criador associado Sandy Grierson
Interpretação Teresa Arcanjo, Gabriel da Costa, Sandy Grierson, Flávia Gusmão, Lara Hubinont, Adriana Vaz de Carvalho

Co-produção Vanishing Point (Glasgow), Teatro Nacional São João (Porto), Centro Cultural Vila Flor – Teatro Oficina (Guimarães), Tramway (Glasgow), Companhia Teatral Europeia e SLTM –Peça em tournée.

domingo, 25 de setembro de 2011

... lembrar Bretécher... e uma certa BD!


Claire Bretécher
17 Abril 1940, Francesa
Desenhadora, Banda desenhada
Trazer aqui um dos nomes (esquecido?) da BD eficaz como crítica social. O seu grafismo, único e simples, com pranchas repetitivas de cenas do contemporâneo, critica uma onda onde os intelectuais, os snobs, os filhos de burguesia, os duros e os sexistas, as femininistas, os pais de uma geração "do deixar andar", etc não são poupados. Os diágolos colocados sobre desenhos de figuras de pernas cruzadas enterradas em sofás, muitas vezes fumadores, num relax despreocupado (onde se dizem enormidades) são uma imagem de marca.

Pequena nota biográfica
Começou a colaborar com René Goscinny (autor de Asterix) em 1963, e com contribuições na revista Spirou. A carreira ganha impacto durante o seu trabalho para a revista Tintin de 1965 a 1966. Em 1969, colabora no jornal Pilote com sua personagem « Cellulite ». Durante este periodo acusam-na de femininismo. De 1969 a 1971, volta ao Spirou com sátiras contemporâneas (Salades de Saison) com um estilo ácido próximo de Reiser. En 1972, cria com Marcel Gotlib et Mandryka l'Écho des Savanes. Colaboradora assídua de Le Sauvage (em 1973) e entra para o Nouvel Observateur (NO), onde tem uma página semanal, que lhe dá muita notoriedade, e inicia a série Les Frustrés (1973.
Designada em 1976 como « meilleure sociologue de l’année » por Roland Barthes, a página do NO é segundo Jean Daniel, « en profondeur, et au second degré, l’une des chroniques les plus efficacement politisée de notre hebdomadaire ».
A série sobre « Sainte-Thérèse d’Avila » suscita muitas críticas de leitores católicos.
Para lá da banda desenhada, Claire Bretécher é uma pintora reconhecida.
Álbum de retratos (ed. Denoël) em 1983 e Moments de Lassitude (ed. autor) em 1999.

Cellulite
                1972 Les États d'âme de Cellulite
                1974 Les Angoisses de Cellulite
Les Frustrés (ed. Autor)
                1975 Les Frustrés
                1977 Les Frustrés 2
                1978 Les Frustrés 3
                1979 Les Frustrés 4
                1980 Les Frustrés 5
Agrippine
                1988 Agrippine (ed. autor)
                1991 Agrippine prend vapeur (ed. autor)
                1993 Les combats d'Agrippine (ed. autor)
                1995 Agrippine et les inclus (ed. autor)
                1998 Agrippine et l'ancêtre (Hyphen)
                2001 Agrippine et la secte à Raymonde (Hyphen)
                2004 Allergies (Hyphen)
                2009 Agrippine déconfite (Dargaud)
E mais…
                1973 Salades de saison (Dargaud)
                1976 Les Naufragés  (Glénat)
                1976 Les Gnangnan (Glénat)
                1977 Baratine et Molgaga (Glénat)
                1977 Le Bolot occidental (ed. autor)
                1977 Fernand l'orphelin (5 episódios)
                1978 Le Cordon infernal (ed. autor)
                1980 La Vie passionnée de Thérèse d'Avila (re-edição)
                1982 Les Mères (ed. autor)
                1984 Tourista (ed. autor)
                1984 Le Destin de Monique (ed. autor)
                1985 Docteur Ventouse, bobologue (ed. autor)
                1986 Docteur Ventouse, bobologue 2 (ed. autor)
                1996 Mouler, démouler (ed. autor)
                1999 Moments de lassitude (catálogo de exposção, Hyphen)
                2010 Les super femmes de Bretécher (Hugo et Compagnie)
                2011 Le Tarot divinatoire de Claire Bretécher (Chêne)
                2011 Claire Bretécher, dessins et peintures (Chêne)




Le destin de Monique 
Um dos Albuns mais conseguidos.

            
            

sábado, 24 de setembro de 2011

... Lisboa voltou à vida artística!


Pelo segundo ano consecutivo, o I Love Bairro Alto e a Galeria das Salgadeiras organizam o evento «Bairro das Artes - A Rentrée Cultural da Sétima Colina» com inaugurações e eventos simultâneos em quatorze galerias da Sétima Colina.

Foi na quinta-feira, dia 22 de Setembro entre as 19h e as 23h.
"Visitar as galerias associadas e disfrutar de uma oferta artística bastante eclética e contemporânea, percorrendo as ruas, miradouros, jardins, praças e recantos de um dos bairros mais cosmopolitas de Lisboa. Um verdadeiro bairro das artes que alberga quase metade das galerias actualmente em actividade e com programação regular na cidade de Lisboa". As exposições continuam.


Mas fora do Bairro Alto, a "festa" artística também continua. 
UrbanScience... um espaço magnífico (perto Casa dos Bicos), único, intimista, desafiante e imaginativo. José Grazina expõe. Direcção Helder Bértolo. Até 22 Out.




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

... Pigmalião...

Vários motivos levam a reler alguns livros lidos em tempos imemoriais: um filme que se viu, uma frase, uma referência. O filme “Última Estação” sobre Tolstoi levou-me a reler Anna Karenina. Ter visto recentemente em teatro, Pigmalião, deu vontade de voltar a mergulhar na peça de B.Shaw. A (re)leitura da peça levou a encontrar novos elos e outros detalhes, e  verificar que a peça e a versão cinematográfica (1964) têm desfeixos diferentes.
 

A história original vem da Mitologia grega. Um escultor, Pigmalião, que desprezava as mulheres, criou uma estátua feminina tão maravilhosa, que o levou a pedir a Afrodite, que lhe encontrasse uma esposa tão bela como a sua criação. A Deusa deu vida à estátua (Galatae). Conta a história que Galatae, de estátua inerte, se tornou numa mulher vibrante e independente, capaz de fazer frente a Pigmalião.







George Bernard Shaw |Dublin 1856 - Herefordshire 1950|

Higgins e Elisa duas personagens complexas. Higgins muito próximo da personalidade de Shaw: perto da mãe, não apaixonado, professional. Pode ser agradável se necessário, mas também arrogante e petulante. Embora ligado sentimentalmente a Elisa, nunca consegue expressar o seu amor. Como Pigmalião, orgulha-se da sua obra (educação de Elisa). Elisa sofre toda a metamorfose e tem de lidar com as alterações que a promovem a um mundo desconhecido (de baixa a alta classe).

Tópicos abordados em Pigmalião: alta sociedade | pobreza | classes trabalhadoras | luta de classes | linguagem-fonética | educação | relações

Outras peças de Shaw: Caeser and Cleopatra | Man and Superman | Candida |Heartbreak House | Major Barbara

Obras contemporâneas a Shaw (influências): Doll´s House|Ibsen, Mikado|Guilbert and Sullivan, The Importance of Being Ernest|Wilde, Gaivota|Chekov, The Merry Widow| Lehars, The Time Machine|Wells, Death in Venice|Mann, Mrs Dalloway|Woolf

1913-14 Primeira produção em teatro (Berlin e Londres)
1956 My Fair Lady - versão musical Broadway, NY
Alan Jay lerner e Frederick Loewe
Rex Harrison (Higgins), Julie Andrews (Elisa) - 6 anos em cena
1964 My Fair Lady - Filme - Warner Brothers
Director: George Cukor
Rex Harrison (Higgins), Audrey Hepburn (Elisa)

Muitas outras versões em Teatro e Cinema.

REF. Pygmalion, G.B.Shaw, Simon and Schuster paperbacks
ISBN 978-1-4165-0040-7