sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ciência... viver nos extremos e nos limites....

Egocêntricos e sempre a olhar para o umbigo, consideramos que os fenómenos da vida e os seres vivos se desenvolvem, actuam e interagem em meios oxigenados e com cerca de 70% azoto, acidez próxima da neutralidade (pH=7.4), temperatura 37ºC, pressão de 1 atmosfera e na presença de luz solar. No entanto, a vida desenvolveu mecanismos de adaptação a condições extremas e muitas formas primordiais da vida ocorrem (ocorreram) em condições bem diversas/adversas. Organismos existem que demonstram que os processos vitais respondem ao stress ambiental e podem ocorrer em gamas espantosas de temperaturas (os termófilos que crescem em água perto da ebulição ou os psicrófilos que resistem a muito baixas temperaturas). Existe vida no “Mar Morto” (halófilos) onde a salinidade (quase salmoura) nos faz flutuar sem esforços ou nas fossas profundas dos oceanos onde a pressão é enorme e sem luz. Nestes habitats muitos organismos se adaptaram a meios pobres em nutrientes (fontes de carbono) e aprenderam a obter energia a partir de compostos inorgânicos que emanam de erupções e fontes termais a grande profundidade. A adaptação a outras condições extremas é bem demonstrada pela possibilidade de existência de vida sem oxigénio (outra respirações) e não é surpreendente encontrar bactérias que proliferam á saída de uma mina de pirite (quase ácido sulfúrico puro).


um habitat de organismos termofílicos, um tipo de extremófilo
Grand Prismatic Spring, Yellowstone National Park



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