quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Woody Allen está de volta e… que regresso!

Woody loves Paris and Paris loves Woody

Meia Noite em Paris – a love affair
Midnight in Paris (2011)
94 min - Comédia | Fantasia | Romance  

Director e argumento: Woody Allen

Actores: Owen Wilson, Rachel McAdams, Tom Hiddleston, Gad Elmaleh, Alison Pill, Kathy Bates, Carla Bruni, Woody Allen, Adrien Brody, Marion Cotillard, Michael Sheen








Uma das mais belas histórias do autor de Annie Hall, contada em Paris (a NY europeia de Woody) depois das passagens por Londres e Barcelona. O realismo mágico de “Neblina e Sombras” (1991) e “A Rosa Púrpura do Cairo” (1985) reencontrado, mais forte ainda, arrojado, descontraído e fantástico. As imagens iniciais mostram a ternura e “química” que existe entre Woody e Paris.
O protagonista (Owen Wilson - Gil) perde-se, em passeios noturnos, na cidade e viaja no tempo, ao soar das badaladas da meia-noite. E nestes percursos, a cidade permite, ao realizador, uma homenagem adicional aos seus “gurús” de estimação. E eles aí estão em diálogo com o herói (Gil, o escritor), de um modo ingénuo e com aquele glamour que só Woody consegue. Scott e Zelda Fitzgerald, Ernest Hemingway, Cole Porter, T.S.Elliot, Pablo Picasso, Luis Buñuel, Salvator Dali, Man Ray (e muitos outros) contracenam em “momentos impossíveis” com o escritor “transportado” para os anos 20. Belos diálogos com Gertrude Stein, crítica séria do novo livro de Gil. Mas outros momentos o transportam para mais passado (Belle Époque), onde Toulouse Lautrec aparece em campanhia de Van Gogh, Gaugin, com Can-Can em pano de fundo. Um imaginário sem limites (de génio!). 
Os filmes de Woody têm sempre um fim moral: inconformados com a realidade, a insatisfação com o momento presente resulta neste desejo de fuga para o passado, onde se julga estar a perfeição...

Se gosta de Woody Allen vai adorar. 
Se não é fã ainda, vai ficar.

1 comentário:

  1. Caro "Areia",
    Obrigado pela (sentida) partilha...
    Fã de Woody Allen, desejoso por ver (adorar seguramente!) a obra que parece transportar no tempo, entre (incontornáveis) gurús, na sempre (deliciosa) Cidade Luz... Genialidade!

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